Sidney Navas
Quem mora perto do antigo conjunto de prédios da Unesp, na Rua 11, no Alto do Santana, além da preocupação por conta da situação de abandono, também está aflito com as quedas de galhos das árvores existentes na área externa da edificação.
Novos incidentes foram registrados recentemente nas avenidas 30 e 32 e, como o verão mal começou, os moradores temem pelo pior. Através do WhatsApp do Jornal Cidade (99942-4100), a leitora Anne Louise Biscaro Bortolin enviou uma foto para a redação que mostra o cenário encontrado por lá.
O secretário municipal de Manutenção e Paisagismo, Sérgio Guilherme, frisa que suas equipes realizam diariamente podas e cortes quando necessárias. “São cerca de 10 pedidos por dia, sendo que a maioria deles diz respeito a podas”, enfatiza.
Por outro lado, ele também destaca que há cerca de três meses novas intervenções foram feitas naquela região e que desconhece notícias de novos problemas. “Não temos nenhuma autorização nesse sentido por parte da Sepladema, para a realização de mais serviços no local citado pela reportagem”, explica.
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Mas, mesmo assim, o titular da pasta prometeu ir até lá ainda nesta quinta-feira (8) para verificar de perto o que está acontecendo e tomar as providências cabíveis. Guilherme assegura que só pode agir quando recebe uma ordem expressa com tal autorização por parte da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente, que só permite os cortes dos espécimes se eles estiverem condenados e oferecendo riscos à população.
O aposentado Florêncio de Oliveira Bueno comenta que, com a previsão de um verão marcado por temporais, outras árvores podem cair, atingido carros ou até mesmo pessoas. “É uma situação de risco, mas o pior de tudo aqui é o abandono”, completa. Rosane Ferreira compartilha a mesma opinião. “Além da possibilidade de novas quedas, à noite tudo isso aqui acaba servindo de refúgio para desocupados”, finaliza.
Antes, o complexo abrigava alguns serviços municipais da prefeitura, como o Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico e a farmácia de alto custo da Fundação Municipal de Saúde. Agora a intenção é que no espaço cedido pela Unesp passe a funcionar o chamado Instituto Federal da Educação, que vai realizar a reforma das instalações para desenvolver suas atividades.