Vereadores “isolam” Poder Executivo e cobram ações enérgicas da autarquia diante da situação envolvendo o racionamento de água em quase metade do município
A Câmara Municipal cobrou ontem (14) por ações do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) diante da situação de racionamento de água no município desde o fim de semana. Vereadores “isolaram” as críticas para a autarquia, sem citar o Poder Executivo, num momento em que a oposição alega que o rodízio começou somente após a eleição no qual teve o atual prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) como reeleito. Desta forma, a pressão recaiu novamente sobre o superintendente Sérgio Ferreira.
Julinho Lopes (PP) lembrou da necessidade da execução de um desassoreamento da área de captação da ETA 1 (Estação de Tratamento de Água) no Ribeirão Claro. “Até agora o Daae não apresentou esse projeto. Já estive duas vezes no Daee [Departamento de Águas e Energia Elétrica do Governo de SP] e tem recursos para isso, o município precisa dar entrada no projeto e licença ambiental. Foi em 2022 e até agora não andou”, afirmou.
O vereador Serginho Carnevale (PSD) afirmou que ao longo do mandato realizou diversos pedidos para que a autarquia apresentasse projetos para enfrentamento dos períodos de estiagem, mas não foram apresentados. “Esse grupo de trabalho não progrediu, não avançou”, declarou. Adriano La Torre (PP) apresentou solicitação para que uma nova ação seja realizada de forma à falta d’água não atingir os comerciantes, como restaurantes. Na Página A3 desta edição o JC mostra que o Bom Prato, por exemplo, está sendo impactado.
Vagner Baungartner (PSD) cobrou campanhas de conscientização para que a população colabore e não desperdice água. Já Alessandro Almeida (PSD), líder da bancada do PSD, voltou a defender que ocorra uma privatização no Daae completamente, especialmente no que diz respeito ao abastecimento de água, já que no que se refere ao esgoto a BRK já é contemplada.
Vale lembrar que além do racionamento de água, o Daae está executando a aplicação de multas para quem desperdiça água. Ao verificar o uso inadequado ou o desperdício de água tratada distribuída para o consumo humano, o município, através de servidores públicos, está autorizado a advertir o munícipe, anotando o dia e o horário da ocorrência, registrando a notificação. Constatada reincidência, será aplicada ao infrator, multa de 50 unidades fiscais do município (UFM), com valor de R$ 224,50, que será cobrado na fatura de água e esgoto do mês vigente.