Antonio Archangelo
As tendências internas do Partido dos Trabalhadores (PT): Mensagem ao Partido e Grupo Avante S-21, representados em Rio Claro pelos vereadores Raquel Picelli e Agnelo Matos, se uniram para conseguir impedir que a tese que pedia o rompimento com o governo Du Altimari (PMDB) passasse no ‘Encontro Municipal de Tática Eleitoral’, realizado no último sábado, 30 de abril, no município.
Por 64 a 28 votos, o ‘bloco’ conseguiu aprovar a proposta de que o PT apoie “candidato de outro partido” no pleito de 2016. Votaram os filiados em dia com seus deveres estatutários e com um ano de filiação. O êxito da estratégia foi possível devido ao racha interno na maior tendência da agremiação, a Construindo um Novo Brasil (CNB), articulada na cidade pela vice-prefeita Olga Salomão.
Um parte da supracitada tendência era a favor do rompimento integral com o PMDB, chegando a elaborar um documento que denominou os ‘partidos golpistas’, cujo conteúdo vazou para a imprensa no último final de semana, na véspera da reunião partidária. Outra ala condicionava a permanência da Frente Progressista à indicação do vice na chapa majoritária.
“Era melhor recuarmos um passo agora, para depois avançarmos lá na frente, quem sabe indicando um vice na chapa de sucessão”, disse um dos caciques petistas ao JC. Em síntese, com a decisão, alguns dos signatários da tese “Manter o certo e avançar” já buscam apoio para não ter que evitar uma demissão do governo municipal, boa parte dos 36 signatários é comissionada do governo Altimari, que foi, textualmente, denominado de “golpista”.
“A tendência é que tudo permaneça como está”, disse um petista à reportagem. Entre filiados, da CNB, há quem diga que até bate-boca entre Agnelo e Adams Rios foi presenciado. Sendo que este último chegou a afirmar que teria sido agredido verbalmente.
A votação dá validade à estratégia do prefeito de viabilizar sua sucessão com a manutenção da Frente Progressista: PMDB, PT e PCdoB, entre agregados.