Lucas Calore
Nem todo rio-clarense sabe, mas o Jardim Público, entre as ruas 3 e 4, até por volta dos anos 1960, era bem diferente de hoje em dia. Isto porque o local engloba duas praças, sendo elas a Praça XV de Novembro, entre avenidas 1 e 3, e a Tenente Otoniel Marques Teixeira, entre avenidas 1 e 2.
A Avenida 1, originalmente, dividia as duas praças. O portal que hoje está na portaria da Santa Casa de Misericórdia ficava na entrada da avenida no trecho das praças.
Vista da Avenida 1 cruzando o Jardim Público de Rio Claro em dois momentos da história da cidade; foto à esquerda do Arquivo Público e Histórico de RC; clique e amplie!
Reabertura
Depois de tanto tempo integrado e popularmente conhecido como Jardim Público, há quem defenda a reabertura da via e a separação dos dois largos.
O advogado José Carlos de Carvalho Carneiro afirmou em artigo ao JC que antigamente o trânsito naquela época era intenso e as famílias “por ali perambulavam com segurança e tranquilidade”.
O profissional diz que a junção das praças e extinção da Avenida 1 no trecho fez com que os gastos públicos aumentassem, como o da segurança. “A providência se tornou um verdadeiro convite para os malefícios que ocorrem na localidade”, afirma.
Comércio
Para Célio Simões Cerri, fundador e presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Rio Claro, a solução ideal para alavancar ainda mais o comércio rio-clarense na região central é abrir novamente a Avenida 1. Há cerca de cinco anos, Cerri apresentou projeto sobre o assunto à Prefeitura, mas não teve retorno.
E aí, Prefeitura?
Consultada, a administração municipal se limitou a reforçar que o Jardim Público é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Portanto, são proibidas quaisquer intervenções que o descaracterizem.