Está marcada para as 11 horas de hoje (22), na sede da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro, uma reunião que vai discutir medidas, tentar encontrar alternativas e principalmente ouvir profissionais das áreas da saúde e segurança sobre os episódios de atendimento na UPA da Avenida 29 que acabaram virando caso de polícia no domingo (20).
O encontro foi solicitado pelo vice-prefeito Rogério Guedes, que esteve no local acompanhando os desdobramentos após ser chamado por funcionários: “Estava todo mundo nervoso quando eu cheguei. Depois vieram as viaturas e a GCM e a PM ajudaram a acalmar os ânimos. A verdade é que está todo mundo no limite, os funcionários trabalham muito e xingamentos e agressão não são condizentes com o que deve acontecer em uma unidade de saúde, muito menos depredação”, disse Rogério.
A ideia é encontrar soluções para não colocar em risco os profissionais da saúde e a população que busca atendimento: “Apesar dos funcionários estarem bastante assustados, eu solicitei que uma viatura permanecesse no local para que a unidade não fosse fechada, o que ocasionaria mais problemas ainda e sobrecarregaria o Cervezão. Hoje o que existe na unidade é um vigia contratado que é um controlador de fluxo, mas ele está ali mais para orientar o atendimento, por isso nessa reunião que faremos estará presente o secretário de Segurança para viabilizarmos como será daqui pra frente”, esclareceu o vice-prefeito.
As ocorrências
Por volta das 21h55 de domingo (20), um tumulto e danos contra o patrimônio foram registrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29. Segundo consta em boletim de ocorrência, o pai levou o filho de 13 meses para atendimento e não teria concordado com a medicação prescrita pelo profissional médico.
Foram receitados dois soros para a criança, sendo contestado pelo familiar que queria que fosse aplicada injeção no filho e, consequentemente, teve início uma discussão que resultou em um computador quebrado, que afetou o atendimento na unidade, e o vidro do balcão. Documentos, cadeiras e cesto de lixo foram revirados e espalhados pelo local.
Além da ocorrência de danos contra o patrimônio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29, a Guarda Civil registrou tumulto envolvendo um casal que, também, se revoltou contra o serviço médico prestado.
A paciente teria ofendido uma técnica de enfermagem com palavrões. O companheiro da acusada ameaçou a profissional de morte e disse que iria buscar uma arma de fogo para matá-la, bem como os demais servidores da unidade.
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde lamentou o ocorrido: “Os atendimentos nos serviços municipais de saúde seguem protocolos clínicos e, ainda mais neste momento, os funcionários têm se desdobrado para conseguir oferecer o melhor atendimento à população”.