Carine Corrêa
Enquanto 31% dos brasileiros gastam até uma hora por dia no trânsito, o rio-clarense gasta em torno de 15 a 20 minutos para se deslocar dos bairros até a área central, ou vice-versa. O tempo estipulado foi passado pela Secretaria de Mobilidade Urbana, além de outros peritos no trânsito da cidade: os taxistas.
Cleuza Lopes, por exemplo, explica que até mesmo de bairros mais afastados da região central, como o Parque Mãe Preta, é possível chegar ao Centro da cidade nesse tempo. “A cidade tem outras deficiências no trânsito, mas isso não podemos negar”, frisou. Sérgio Lorena trabalha como taxista há pelo menos 30 anos.
Ele também reclama de outros aspectos do trânsito na Cidade Azul, mas não troca pelos congestionamentos da capital paulista. “Não faço mais corridas para São Paulo. Em dias de chuva, o deslocamento na capital fica quase impossível”, avalia. Assim como o colega Antonio Weigand, eles estipulam que o deslocamento para o Centro leva em média de 15 a 20 minutos em Rio Claro.
Por que o tempo de deslocamento em Rio Claro é menor? Segundo o poder público, o município de Rio Claro tem características viárias próprias, com ruas e avenidas estreitas e poucas vias de trânsito rápido, como a Visconde, Via Kennedy, Rua 14, Ulysses Guimarães (em expansão ao Anel Viário) e Avenida Brasil.
“Em franca expansão urbana, a cidade vem ganhando novos bairros, mais distantes da região central. Partindo de qualquer um desses bairros, os motoristas conseguem chegar ao Centro Histórico em cerca de 15 minutos, sem enfrentar congestionamentos”, enfatizou. Outro fato apontado pela administração são os trajetos alternativos que facilitam aos motoristas traçarem a rota mais rápida para o destino desejado. O porte da cidade ainda faz com que a linha de ônibus urbano mais longa da cidade, a do Circular, percorra apenas 22 km no percurso inteiro: centro-bairro-centro.
Pesquisa
De acordo com pesquisa do Ibope, a parcela da população que gasta mais de uma hora por dia em deslocamento subiu de 26% em 2011 para 31% em 2014. Em cidades com mais de 100 mil habitantes, esse índice chega a 39%, enquanto naquelas com até 20 mil habitantes o percentual é de menos da metade: 16%.