Antonio Archangelo
Um rio-clarense estava na Universidade da Califórnia de Los Angeles (Ucla), quando um atirador suicida matou um homem e levou pânico a estudantes e professores na quarta-feira, 1º de junho. Pedro Godoy, 19 anos, aluno de Física, estava em aula, por volta das 10 horas da manhã (horário local), quando o professor anunciou que “algo de estranho” estava acontecendo na universidade.
“Estávamos na aula quando o professor comentou com a classe que tinha acontecido alguma coisa em outro prédio dentro na universidade. A universidade tem um sistema chamado BruinAlert que, qualquer em emergência, eles mandam um e-mail pra todo mundo. Após o professor falar, chequei meu e-mail e vi que estavam falando que teve um tiroteio dentro da universidade e que todo mundo devia efetuar o lockdown”, citou ao mencionar o procedimento de segurança em que os alunos são levados para um lugar que é trancado, e todos ficam em silêncio, com as luzes apagadas.
“Fiquei impressionado é que, depois de ler que teve o tiroteio, o professor continuou dando aula por uns minutos antes de todos os alunos saírem da sala em que estávamos. E pra falar a verdade, do jeito que ele falou, achei que não era nada sério. Que era alguma coisa que a polícia tinha que investigar, não algo com que eu iria precisar me preocupar de verdade. Quando chequei meu e-mail, vi o que tinha acontecido. No começo, estava tranquilo, porque a localização que passaram no e-mail era longe do local da minha aula, mas já dentro da sala chegaram atualizações e o atirador estava, relativamente, perto do local em que eu estava”, recorda-se.
“Os alunos foram removidos pra um escritório, bem calmamente. Depois que estava todo mundo dentro do escritório, fecharam a porta e pediram pro pessoal compartilhar o que sabiam e se tinham alguma notícia sobre o que tinha realmente acontecido. Estava todo mundo bem preocupado, porque várias pessoas receberam informações de que havia até quatro atiradores. O que na verdade era um engano.”
SEGURANÇA
Pedro mora fora do país desde os 16 anos e passa as férias em Rio Claro, passou dois anos no Canadá antes de ir para Los Angeles em setembro de 2015. “O que aconteceu foi diferente do que aconteceu em várias outras universidades e escolas. Denominam de murder/suicide. Acho que é um aluno que não estava contente e perdeu a cabeça com o professor. Ainda me sinto bem seguro dentro da universidade. Não foi um atentado.”