Ednéia Silva
Rio Claro diminuiu o número de queimadas em 2015. Levantamento feito pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra que o município registrou 49 focos de queimada no ano passado contra 182 em 2014. A queda foi de 73%. Os dados vão na contramão do cenário nacional. Segundo o Inpe, o Brasil registrou alta de 27,5% nos focos de queimada e incêndio, passando de 184 mil em 2014 para 235 mil em 2015.
De acordo com o Inpe, esse foi o segundo maior resultado desde o início da série história em 1999. O resultado de 2015 só perde para o de 2010, quando ocorreram 249 mil queimadas. A maioria dos incêndios aconteceu entre agosto e dezembro. Foram 39 mil em agosto, 72 mil em setembro, 50 mil em outubro, 27 mil em novembro e 18 mil em dezembro. O estado com maior ocorrência de queimadas foi o Pará, que teve mais de 44 mil registros em 2014. O segundo colocado foi Mato Grosso, com 32 mil incêndios florestais. O Estado de São Paulo teve 1.984 focos de queimadas em 2015 frente a 4.717 em 2014, queda de 2.733 incêndios.
Rio Claro também teve queda nas ocorrências. Foram 182 em 2014 contra 49 em 2015. O ano de 2014 registrou o maior número de registros desde 2000. Em segundo vem 2010 com 83 focos seguido de 2006 com 64. O ano com menor número de queimadas foi 2000 com 14 ocorrências.
E não foi somente Rio Claro que registrou queda no número de incêndios em 2015. Os municípios da região também diminuíram os registros. Em Limeira, por exemplo, foram 46 queimadas em 2015 contra 130 em 2014, Piracicaba teve 80 frente a 132, São Carlos 107 ante 68, Santa Gertrudes 22 a 42, Analândia 29 a 24, Corumbataí 24 a 4, Ipeúna 25 a 15 e Itirapina 65 a 20.
O diretor da Defesa Civil de Rio Claro, Danilo de Almeida Kuroishi, comenta que em toda a região houve diminuição no número de incêndios. Segundo ele, tal fato se deve ao aumento das chuvas. Em 2015 choveu mais que em 2014, quando o estado sofreu com a crise hídrica. Diante da seca, houve grande número de queimadas.
Em Rio Claro, o maior foco de incêndio é na Feena (Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade). O diretor comenta que as medidas de combate a incêndio implementadas no horto, como os aceiros, também contribuíram para a diminuição das queimadas.