Fabíola Cunha
O desejo de assistir ao show de uma banda ou músico favoritos não é suficiente para conseguir o feito. Quem tenta comprar ingressos para grandes festivais de música no País, como Lollapalooza e Rock in Rio, sabe que é preciso paciência e, sobretudo, disposição.
O Rock in Rio abriu as vendas dos ingressos na manhã dessa quinta-feira (9) e registrou, além de recorde de vendas, recorde de reclamações.
Informações desencontradas e instabilidade no sistema levaram muitos fãs a manifestar descontentamento nas redes sociais.
Rodolfo Sarudiansky foi um desses fãs que penaram para garantir o ingresso. Quase 2h30 em frente ao computador e cerca de 15 tentativas de completar o ciclo de solicitação, fila, preenchimento de informações e comprovação de pagamento.
Cadeirante, o empresário também precisou de uma etapa extra para registrar que é portador de necessidades especiais. Ele usou o Facebook para protestar contra a demora e a falha do site: “Nas primeiras dez mensagens que enviei sobre o problema, fui educado, nas últimas 5 ou 6 fui, digamos, ‘enfático’”.
Sarudiansky participou do Rock in Rio em 2001 e 2011 com o objetivo de ver a banda Guns’n’Roses. Ele tem o autógrafo do vocalista Axl Rose tatuado no peito e, além desses shows, também viu o grupo em Las Vegas. Nesta edição do Rock in Rio, quer ver a banda Halestorm.
A experiência em shows grandes provaram a ele que a preocupação com portadores de necessidades especiais acaba colocando-os muito longe do palco: “Se você se contenta em ver show de longe, onde você não atrapalha ninguém, o setor e o serviço para deficientes é bom, mas eu sou fã, então posso até levar cotovelada, mas vejo de perto”, diz.
Até o fechamento desta edição, haviam ingressos disponíveis para os dias 19, 20, 24 e 25 no site www.rockinrio.com.br. Esta é a sexta edição do Rock in Rio, que terá 85 mil ingressos – capacidade máxima – para cada uma das sete noites do festival, realizado em setembro.