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Criada em 28 de março de 1885 com a anuência da Igreja Católica, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro, completa neste sábado, 130 anos de trabalhos em prol da saúde pública da cidade e microrregião.
Embora seja uma instituição privada, é filantrópica, ou seja, não tem fins lucrativos, o que a credencia para o atendimento gratuito aos pacientes através do Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que cerca de 250 mil pessoas sejam assistidas pelo hospital que atende, além de Rio Claro, Analândia, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina e Santa Gertrudes. “A Santa Casa sempre teve uma grande importância para a história da cidade, e em alguns casos, foi além do tratamento de saúde. Durante a revolução de 24, inúmeras famílias fugindo da revolução em São Paulo, vieram para o interior e desembarcavam na estação ferroviária sem lugar para ficar e eles eram abrigados no hospital”, conta o atual provedor Prof. José Carlos Cardoso.
A deliberação sobre a criação da Santa Casa de Rio Claro, ocorreu no dia 28 de março de 1885 na residência do Comendador Francisco de Assis Negreiros. Também foi dele a doação do imóvel onde funcionou o primeiro hospital localizado na Rua São Benedito, esquina com a Rua Alegre, atual Rua 2 com Avenida 3, onde fica a quadra esportiva do Grupo Ginástico Rioclarense. Uma das preocupações para a criação do hospital era cuidar e conter as epidemias vindas do porto de Santos, trazidas pelos trabalhadores braçais que desembarcavam nas vias férreas do município.
O terreno onde está instalado o prédio atual, foi doado por Miguel Arcanjo Rinaldi e inaugurado em 8 de setembro de 1922. “Hoje, depois de 130 anos de atendimento ininterruptos, se orgulha de ser objeto de estudo da Federação das Santas Casas do Estado de São Paulo, por ser, senão a única, uma das poucas no País a conseguir através de projeto próprio, minimizar o déficit gerado pelo repasse do SUS”, diz o provedor.