Sem acordo, centro-esquerda é dividida em três

Presidente do Psol, Vinícius Rodrigues

Psol afirma que vai ser protagonista na disputa a prefeito mesmo não contando com apoio dos demais partidos que tentavam organizar Frente

A formação da Frente Rio Claro pela Democracia, que antes parecia distante, agora se mostra impossível. Foi o que deixou transparecer o presidente do Psol, Vinícius Rodrigues, durante a participação na rádio Jovem Pan News no sábado.

“Foi iniciativa do Psol a reunião dessa frente progressista. Mas dentro do Psol temos o entendimento coeso, até pelo histórico das últimas eleições, que vamos disputar como protagonistas”. Traduzindo, os partidos de esquerda e centro esquerda devem ter três candidaturas. Segundo Rodrigues, o PT abre mão, mas só em prol do pré-candidato do PSB, Antonio Carlos Sarti. Como está numa federação, deve arrastar também o apoio do PC do B e do PV, mesmo que só no papel, já que não há consenso. Resta saber a posição do Solidariedade (professor Luciano).

Durante o programa, o pré-candidato a prefeito do Psol, Airton Moreira, enviou mensagem relatando episódio que ilustra bem a crise na esquerda. “Importante mencionar que houve uma conversa entre Sarti e eu, na qual eu indiquei que aceitaria ser vice. E eles recusaram” disparou Moreira.

Pré-candidato a prefeito do Psol, Airton Moreira

A presidente do Fundo Social de Solidariedade de Rio Claro, Bruna Perissinotto (foto abaixo, de branco, ao centro), foi uma das homenageadas na Assembleia Legislativa na sexta-feira. As comandantes dos fundos de todo o estado também endossaram o Projeto de Lei 360/2024, que atualiza a legislação paulista de assistência social.

Promovida pela deputada Ana Carolina Serra (Cidadania), a cerimônia homenageou mais de cem presidentes de fundos sociais municipais. A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade de Rio Claro, Bruna Perissinotto, de branco, ao centro. Foto: Alesp

Apoio, mas com limites

Durante participação no programa A Semana em 60 Minutos na rádio Jovem Pan News no sábado, o presidente do MDB, Bruno Oliveira, falou sobre as divisões internas em relação ao apoio ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) ou lançamento de candidatura própria. Lembrando que a decisão virá na convenção, Bruno destaca que o partido “vem tendo vários debates para que vá para essa eleição pacificado (…) digo que o MDB tende a compor chapa com Gustavo, basta uma questão de pacificação”. Sobre como fica o MDB se não conseguir indicar a vice de Gustavo, no caso a pré-candidata Maria do Carmo, Bruno afirma que os partidos precisam ter maturidade para debater essa questão, e analisar o espaço que será proposta dentro do governo. “ O que não vou permitir é que a gente seja usado como massa de manobra”.

Presidente do MDB, Bruno Oliveira

lll Esperneio

Pelos lados do Republicanos, uma dissidência da tese do apoio ao pré-candidato e prefeito Gustavo anda “causando” nos bastidores, inclusive estabelecendo diálogo com adversários de Perissinotto. Outros integrantes do partido garantem que é coisa de um homem só, enquanto o “rebelde” afirma que tem apoio de outros filiados que defendem participação maior na disputa ao Executivo.

lll De volta pro aconchego

Falando em MDB, um retorno deve movimentar os bastidores a partir desta semana. O ex-prefeito Du Altimari confirma que deixou a gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do mesmo partido. Du não fornece detalhes, mas admite que uma das motivações foram as divergências políticas devido ao rumo tomado por Nunes na busca pela reeleição. Mas também havia a pressão das regras eleitorais, porque para entrar na disputa de outubro, teria mesmo que deixar a prefeitura da Capital. O ex-prefeito não esconde de ninguém a oposição ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) e a intenção de tirar o MDB do seu grupo de apoio na busca pela reeleição.

Ex-prefeito Du Altimari
Carla Hummel: