Sem delegacia da mulher, vítimas são atendidas em sala

Carine Corrêa

Vereadora informou que aguarda pela definição da licitação da reforma do novo espaço que será ocupado pela DDM

A falta de um espaço físico próprio para Delegacia da Mulher (DDM) direciona o atendimento de mulheres vítimas de crimes a uma sala apropriada, conforme nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP). “A delegada Sueli Isler, da Delegacia Seccional de Rio Claro, informa que, atualmente, as vítimas de crimes contra mulher são atendidas na Central de Polícia Judiciária (CPJ), separadamente em uma sala apropriada, não havendo contato com vítimas de outros crimes”, detalha a nota.

O novo espaço que irá abrigar a DDM é o mesmo onde funcionava anteriormente a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Ainda de acordo com o repassado pela delegada à pasta, a Delegacia Seccional está passando por uma reforma para realocar a Delegacia de Defesa da Mulher.

Sueli disse ainda que a DDM tem atendimento especializado oferecido pela Polícia Civil. Porém, todos os distritos policiais podem e investigam crimes de violência contra a mulher.

Em março deste ano, a violência contra a mulher foi tema principal da Frente Regional em Defesa dos Direitos das Mulheres, do Aglomerado de Piracicaba. Na época a atividade havia sido organizada pela pela vereadora Raquel Picelli, que concedeu entrevista nessa quinta-feira, dia 6 de novembro, ao Programa Jornal da Manhã veiculado na Rádio Excelsior Jovem Pan sobre o mesmo tema.

Raquel relembra a lei implantada em 2012 que criou a Carta das Mulheres de Rio Claro, que prevê em uma de suas propostas o retorno do espaço físico para a delegacia da mulher, custeado pelo município. “Em seu mandato anterior, o governo estadual desativou a Delegacia da Mulher em vários municípios do estado. Na época, Alckmin havia justificado a medida pela otimização de recursos”, pontuou a vereadora. Picelli ainda informou que aguarda pela definição da licitação da reforma do novo espaço que será ocupado pela DDM, no complexo policial da Avenida da Saudade.

Para a vereadora, a mulher violentada já está passando por um momento delicado e precisa ter um atendimento humanizado e privativo, para que não sofra ainda mais com a situação.

O deputado estadual Aldo Demarchi também articula a viabilização do espaço próprio da DDM. A assessoria de imprensa do deputado informou que nesta sexta-feira, dia 7, uma conversa com o delegado-geral de Polícia, Maurício Blazeck, irá abordar a instalação da Delegacia da Mulher em Rio Claro. “A ideia é agilizar ao máximo esse processo para que a inauguração ocorra o mais breve possível”, respondeu por meio de seu assessor.

Fechada

A DDM foi fechada em outubro de 2010, quando foi implantado o projeto de reengenharia da Polícia Civil, que aglutinou as delegacias no mesmo prédio do 1º Distrito Policial, na Avenida da Saudade. Desde então, uma frente formada por entidades locais vem lutando para que a Delegacia da Mulher volte a atender em prédio separado.

Redação JC: