Antonio Archangelo
Pelo menos até a quinta-feira, 15 de setembro, a greve dos bancários deve continuar em todo o país. Ontem (13), não houve avanços na sétima rodada de negociação. Os bancos insistiram em defender a proposta de reajuste rebaixado com abono, já rejeitada pelos bancários. De acordo com o sindicato da categoria, eles também “disseram não a uma reivindicação fundamental dos bancários: a proteção aos empregos. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira, 15, a partir das 16h, em São Paulo”.
A orientação do Comando Nacional dos Bancários é para que a categoria fortaleça ainda mais a greve em todo o Brasil. Nessa terça-feira, 13, oitavo dia de paralisação, os bancários de São Paulo, Osasco e região fecharam 1.048 locais de trabalho. Cerca de 39 mil trabalhadores paralisaram as atividades, principalmente em agências. No Brasil, 12.008 unidades aderiram à mobilização. Em Rio Claro, a greve atinge 85% das agências do município e microrregião.
No último dia 9, em atenção ao compromisso mútuo de realizar um processo célere de negociação para um acordo de renovação da Convenção Coletiva, a FENABAN – Federação Nacional dos Bancos apresentou à Contraf – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e à Contec – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito uma nova proposta de aumento na remuneração dos bancários, que consiste em um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300,00 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo.
O valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, superior à inflação prevista para os próximos doze meses, representa um ganho expressivo para a maioria dos bancários. A FENABAN entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia.