Sem reaproveitamento, galhos podados e árvores removidas são levados ao aterro

Adriel Arvolea

Na madrugada de quarta-feira (18), uma árvore de grande porte, do Jardim Público, caiu sobre a rede de energia na Rua 4

Em Rio Claro, a Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema) recebe, em média, cinco pedidos por dia para poda e corte de árvores. Também, há os casos de queda de exemplares. Somente em 2014, a Defesa Civil registrou 53 ocorrências de quedas de árvore e outras 14 envolvendo galhos. Na madrugada de quarta-feira (18), por exemplo, uma árvore de grande porte, de aproximadamente 20 metros de altura, do Jardim Público, caiu sobre a rede de energia na Rua 4. Por conta disso, bancos e lojas das imediações ficaram sem luz durante toda a manhã.

No entanto, há reaproveitamento da madeira das árvores que foram podadas, cortadas ou caíram? Em São Paulo, uma lei de 2008 criou o Programa de Aproveitamento de Madeira de Podas de Árvores (Pompa). O objetivo é transformar essa matéria-prima em adubo e ser utilizado para artesãos e criação de objetos. Já em Rio Claro, no momento, o material tem como destino o aterro sanitário. “A matéria-prima é depositada no aterro. No entanto, existe a intenção de comprar um triturador de podas, a fim de destinar os restos como adubo para hortas municipais, à Secretaria da Agricultura etc.”, esclarece a prefeitura.

Outro ponto é que populares podem solicitar às equipes da Secretaria de Manutenção e Paisagismo, via secretário, o uso dessa matéria-prima. “Se a árvore não for centenária ou envolver um outro valor histórico, o material pode ser solicitado no ato do corte/pode para o devido reaproveitamento”, explica.

Situação

Entre 2009 e 2013, cerca de duas mil árvores foram retiradas em razão de queda natural provocada por ventos ou raios, ou cortadas após autorização da Sepladema. De acordo com a prefeitura, os principais fatores que levam à queda de árvores são infestação por cupins e temporais com ventos fortes. No mesmo período, 32.700 árvores foram plantadas no município.

Porém, observa-se em alguns pontos da cidade que há espécies nativa e frutífera plantadas, por exemplo, no mesmo canteiro central, destoando com relação ao porte arbóreo. Tal situação oferece riscos à segurança, com copas que atingem a rede elétrica ou atrapalham a visibilidade dos motoristas. Dessa forma, quais os critérios empregados no plantio de árvores em Rio Claro? A prefeitura confirma que há, sim, o problema de muitos munícipes plantarem árvores sem autorização, optando, muitas vezes, por espécies inadequadas, mas que a administração busca conciliar a espécie com o ambiente urbano em seus plantios. “A opção é feita pela espécie mais adequada de acordo com o local. Como a maioria dos canteiros da cidade são estreitos, priorizam-se as espécies pequenas”, esclarece.

Para plantar ou cortar uma árvore em locais de domínio público, o cidadão deve procurar o Atende Fácil (Avenida 2, entre as ruas 2 e 3, Centro) para formalizar o pedido. No caso de corte ou poda, a solicitação é encaminhada à Sepladema que, após avaliação, emite laudo liberando ou não o corte ou poda. Para o plantio, o munícipe fornece as informações no Atende Fácil, como posicionamento da calçada e localização dos fios de energia elétrica.

Redação JC: