Servidores rejeitam 1% e vereadores de Rio Claro votam projeto

Antonio Archangelo

Considerada “pauta bomba”, os vereadores evitaram votar os projetos de reajuste salarial aos servidores municipais na sessão extraordinária de quinta-feira, 31. O impasse aconteceu após o presidente da Casa, vereador João Zaine (PMDB), e os membros da mesa diretiva – Raquel Picelli (PT) e Anderson Christofoletti (PMDB) – proporem reposição inflacionária de 10,36% aos servidores do Legislativo; já a prefeitura quer aprovação de reajuste de 1% aos servidores públicos municipais.

A diferença de reajuste entre os servidores do Legislativo em relação aos servidores da Prefeitura e autarquias gerou descontentamento. A pressão velada é para que Zaine retire de pauta o projeto do Legislativo. Mas ele já afirmou que votará a propositura. Para ganhar tempo, a base governista conseguiu pedido de vistas de 1 dia.

Os projetos voltam à pauta nesta sexta-feira (1º) e no sábado (2º) em sessões extraordinárias convocadas para tratarem do tema. Cabe lembrar que, devido ao ano eleitoral, a data-base da categoria é dia 1º de abril.

Sem a presença dos servidores, os vereadores levaram três minutos para anunciar que não votariam os projetos de reajuste nessa quinta-feira

ASSEMBLEIA

Em assembleia realizada na noite de ontem, cerca de 100 servidores municipais estiveram no Núcleo Administrativo Municipal (NAM) e decidiram pela rejeição da proposta da prefeitura de 1% de reajuste.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro, Antonio Fernando David Reginato (Tu Reginato), desde fevereiro a administração tem evitado se sentar para negociar com a categoria. “Estivemos com um representante e eles não compareceram na quinta-feira para discutir a proposta. Não avisaram ninguém que a proposta iria subir para votação”, disse.

De acordo com o entendimento do corpo jurídico do sindicato, a reposição inflacionária pode acontecer após a data de 4 de abril, caso um movimento grevista seja analisado pela Justiça. “Greve não significa que todos devem ficar parados”, disse um dos advogados do sindicato durante a assembleia.

Redação JC: