O retorno presencial das aulas na rede pública de ensino foi novamente pauta na sessão ordinária nessa segunda-feira (9) na Câmara Municipal. Os vereadores cobraram, mais uma vez, que a Prefeitura apresente “de uma vez por todas” justificativa para voltar ou não às atividades presenciais nas unidades escolares.
No sábado (7), o JC revelou que o Conselho Municipal da Educação (Comerc) deliberou que o retorno deveria ocorrer de forma gradual somente quando a população rio-clarense atingisse, ao menos, 75% do esquema vacinal completo (com primeira e segunda dose ou dose única) e sucessivamente, até 85% de vacinação considerando os ensinos infantis, fundamental e de jovens e adultos.
A reportagem repercutiu no plenário através do vereador Serginho Carnevale (DEM), que considerou o critério do Comerc duvidoso. “Não se trata em colocar profissionais da Educação, alunos, pais e mães em risco. (…) Gostaria que as coisas fossem mais claras”, alegou indicando que na reunião entre o Poder Legislativo, Secretaria Municipal da Educação e o Conselho os índices de vacinação da população não foram pautados.
Os demais parlamentares, como Sivaldo Faísca (DEM), Vagner Baungartner (PSDB), Luciano Bonsucesso (PL), Rafael Andreeta (PTB), Val Demarchi (DEM), Hernani Leonhardt (MDB), Adriano La Torre (PP), Paulo Guedes (PSDB) e Irander Augusto (Republicanos) também repercutiram o assunto. O debate culminou no fator que envolve a falta de profissionais, uma vez que o edital para contratar funcionários eventuais ainda não foi publicado pela Prefeitura.
Na semana passada, o próprio prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) afirmou em entrevista ao JC que essa questão envolvendo servidores temporários dificultou o planejamento do retorno presencial. Há cerca de três meses quase 400 deles foram demitidos após recomendação administrativa do Ministério Público. O presidente da Câmara Municipal, José Pereira (PSD), também cobrou do Poder Executivo uma decisão imediata quanto à volta das aulas presenciais.