Richard Wendell Chiarinotti, preparador de veículos, possui um GM Monza, ano 90, na cor vermelha rodes, típica da época. O modelo SL/E é o último de Monza “quadrado” ou “caixote”, pois a partir de 91/92 o Monza passou a ser o “tubarão”, com algumas modificações.
Incentivado pelo pai, Richard comprou o carro em Rio Claro há cerca de três anos. Inicialmente, não imaginava que o veículo ficaria tão lindo. A estrutura era muito boa e possuía vários acessórios, com a parte interna impecável. No entanto, a parte externa necessitava de atenção.
Ele trabalhou na funilaria, trocou os pneus e as rodas, que agora são originais. No interior do automóvel, ele trocou a espuma dos bancos dianteiros, que são revestidos por tecido de veludo. Também reinstalou o volante original e modernizou o sistema de som, evitando adaptações para preservar a originalidade do carro. O painel e seus botões, os bancos, o forro de porta e até o para-brisa são todos originais e funcionam perfeitamente. “Eu costumo chamá-lo de ‘Survivor’. São mais de 30 anos de uso sem nenhuma restauração, seja no painel, motor ou qualquer outra parte”, relata o jovem de apenas 23 anos.
Seu avô materno também possui um Monza, ano 89, cor azul médio, com interior azul paillote, um monocromático. Richard lembra de uma foto de quando era bebê, sentado nesse carro. Seu avô conserva o veículo até hoje e não pretende vendê-lo, nem mesmo para o neto.
Richard nunca imaginou comprar um Monza, tinha outros planos, mas afirma que o carro entrou em sua vida de forma indescritível. Confessa que o veículo já deu muita dor de cabeça, mas também proporcionou momentos maravilhosos. Ressalta que, embora haja muitos carros antigos circulando pela cidade, poucos estão tão bem conservados quanto o seu Monza. Ele elogia o tamanho do porta-malas e o interior espaçoso e confortável, afirma ter manutenção simples, com exceção da carburação.
Agora, Richard está em busca da placa preta. Com o seu excelente estado de conservação e apenas 38 mil km rodados, ele tem motivos de sobra para conquistar essa distinção e reconhecimento.