Murillo Pompermayer
Em 1932, de 9 de julho a 2 de outubro, deu-se, no Estado de São Paulo, a Revolução Constitucionalista. Quando da ocasião, quase 40 mil homens paulistas saíram às ruas contra o Governo Provisório de Getúlio Vargas, visando à promulgação de uma nova Constituição, bem como normatização do processo eleitoral.
LEMBRANÇAS
Maria José Gerard, 80 anos, guarda lembranças da época nutridas, notadamente, por seus tios. A tia, Wanda Enfeldt, de acordo com ela, colaborou muito, já que costurava fardas dos soldados. Já seu tio, Estanislau Enfeldt, participou de modo efetivo e foi um dos muitos combatentes, e que conseguiu retornar a Rio Claro. “Perdemos, mas ganhamos em prestígio e todo o resto”, frisa.
SÃO PAULO LIVRE
O historiador Flavio Rebello, de 43 anos, encabeça o movimento cujo propósito é transformar o Estado de São Paulo num país. De acordo com Rebello, o “São Paulo Livre” foi fundado em 2014 visando a um debate junto à sociedade paulista acerca das vantagens em fazer de São Paulo um país.
“O movimento atua na capital, na grande São Paulo, no litoral e em dezenas de cidades do interior, inclusive em Rio Claro”, afirma o historiador. Flavio Rebello ressalta que se trata de um movimento civil e pacífico. “Para nós, a independência paulista virá por meios pacíficos”, assegura.
Plebiscito
No dia 2 de outubro, haverá um plebiscito em várias cidades do estado. Flavio Rebello diz que o Plebiscito Consultivo Paulista foi apelidado de “Sampadeus”, em alusão a um possível “adeus” de São Paulo ao Brasil. “Será uma consulta junto a uma parcela do eleitorado do estado”, explica.