Tarifa de ônibus pode ter aumento

Antonio Archangelo

Atos do Conselho Municipal de Transporte, empossado em 2011, permanecem sem divulgação para a sociedade

A prefeitura não divulga, mas ao que tudo indica a tarifa de transporte coletivo de Rio Claro sofrerá reajuste em breve. Tudo para evitar o chamado desequilíbrio financeiro da concessionária Rápido SP, que acumula prejuízo em torno de R$ 6 milhões na relação valor praticado e número de passageiros desde o início da atual concessão.

Com o último reajuste realizado há 17 meses, que elevou a tarifa para R$ 3,00 e que as manifestações populares de junho de 2013 levaram a uma redução para R$ 2,90, a empresa espera que a decisão do Conselho Municipal de Transporte seja acatada.

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2013

De acordo com fontes consultadas pelo Jornal Cidade, desde o ano passado, o conselho já havia decidido que R$ 3,30 seria a tarifa mínima de operação, sem prejuízos à empresa, fato reconhecido pela própria administração, que divulgou nota em 25 de junho de 2013 reconhecendo a decisão do conselho. “Em 13 de dezembro de 2012, o estudo técnico apresentado ao Conselho Municipal de Transporte indicava uma tarifa de R$ 3,3308, mas o conselho entendeu que a tarifa ideal seria de R$ 3,00, valor que o município adotou para estabelecer a nova tarifa, em janeiro de 2013”, dizia ao anunciar a redução para R$ 2,90. Na época, a empresa concessionária pleiteava uma tarifa de R$ 3,45.

No mesmo ano, em declaração à jornalista Carine Corrêa, João Chinen, proprietário da empresa, disse que a redução da tarifa para R$ 2,50 seria possível, a partir do aumento no tempo de contrato, da alteração na idade média da frota e com o aumento no número de passageiros, através de parcerias com indústrias para o transporte de trabalhadores: poderiam ser alternativas para redução da tarifa.

2014

Consultado ontem sobre o aumento da tarifa, Chinen disse que, “por atitudes políticas, a tarifa ainda não foi reajustada”. Apesar de reconhecer que a tarifa está com o valor defasado, Chinen evitou comentar qual o novo valor pleiteado junto ao Conselho de Transporte, que se reuniu no último dia 23 para debater o tema.

Por outro lado, consultada por intermédio de sua assessoria, a prefeitura disse que “o assunto ainda está em discussão”.

Sem êxito, a reportagem do Jornal Cidade tentou buscar informações junto ao Conselho. O vice-presidente Luiz Carlos Luz não foi encontrado na Secretaria de Mobilidade Urbana, conforme afirmação de sua secretária. E o secretário de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, que também é membro do supracitado conselho, não estava na cidade nessa quarta-feira, 8, à tarde. De acordo com o que foi apurado, as atas do conselho não são publicadas no Diário Oficial do Município e também não estão disponíveis no site da administração.

IPK

Cabe ressaltar que o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) em Rio Claro é de 1,37.

Redação JC: