Técnico do Daae responde dúvidas sobre rodízio de água

Denilson Massaferro explica decisão do departamento de implantar rodízio na ETA 1 e alerta sobre risco na ETA 2

Desde o último sábado (12), moradores dos bairros abastecidos pela Estação de Tratamento de Água- ETA 1 enfrentam rodízio no fornecimento de água. A estação, que capta água no Ribeirão Claro, abastece 40% dos bairros de Rio Claro.

Em entrevista à rádio Jovem Pan News nesta segunda-feira ( 14), o diretor técnico do Daae, Denilson Massaferro Jr., esclareceu dúvidas sobre o rodízio e explicou a redução severa no volume do Ribeirão Claro, que levou à decisão de desligar a ETA 1 em alguns períodos. Uma das queixas mais frequentes é que os horários divulgados pelo Daae não estão valendo na prática. “A hora que a gente religa novamente a ETA 1, até começar a abastecer todo o sistema, reservatórios, demora um certo período” esclarece Massaferro, que informa que a volta da água às torneiras pode demorar até uma hora e meia nos pontos mais distantes da estação.

Daae – captação de água da ETA 1 no Ribeirão Claro

De acordo com o diretor, nesta segunda-feira, o volume do Ribeirão Claro estava em 18% da média do rio, o que praticamente inviabiliza a captação. Com o rodízio, é possível permitir ao rio uma mínima “recuperação” do volume ao interromper a retirada da água. Massaferro também alerta que a situação no rio Corumbataí, onde a Estação de Tratamento de Água-ETA 2 faz a captação para abastecer os demais 60% da cidade também é crítica, e não está descartado rodízio também nesta estação caso as chuvas não voltem em quantidade suficiente nos próximos dias. “É um outro manancial, embora o rio Corumbataí também não está do jeito que a gente gostaria, hoje está menos 40% de sua capacidade (…) se as coisas continuarem do jeito que estão, pode ser que aconteça que a ETA 2 também entre no rodízio, porque vai chegar um momento que o rio Corumbataí não vai ser capaz de suportar o consumo da cidade, se não chover do jeito que gostaríamos” destacou o diretor do Daae.

Durante a entrevista, Massaferro também acrescentou que no momento há fiscalização e multa para os casos de desperdício de água, como na lavagem de calçadas e carros e abastecimento de piscinas. Quem flagrar esses abusos pode encaminhar denúncias através do telefone do Daae, 0800 505 5200 ou pelo contato da Guarda Civil Municipal, no telefone 153.

Diretor técnico do Daae, Denilson Massaferro Jr.
Redação JC: