Da Redação
Após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment nas primeiras horas desta quinta-feira (12), por volta das 11h30 o senador Vicentinho Alves (PMDB-TO) notificou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sobre o afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT) do cargo por até 180 dias.
Temer recebeu, então, o título de presidente interino e passa a ter poderes para nomear a equipe do governo e gerenciar o Orçamento da União.
De acordo com informações da Agência Brasil estavam ao lado de Temer durante a notificação os futuros ministros da Fazenda, Henrique Meireles, da Justiça, Alexandre de Moraes, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro Moreira Franco, entre outros.
Dilma se pronuncia
Em frente ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff se pronunciou aos apoiadores do seu governo. Acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus então ministros, Dilma cumprimentou populares antes de discursar.
“Estou vivendo a dor da traição, a dor da injustiça”, disse aos manifestantes. “Ao longo da minha vida enfrentei muitos desafios, enfrentei o desafio terrível e sombrio da ditadura, da tortura, enfrentei como muitas mulheres desse país a dor indizível da doença, o que mais dói nessa situação que estou vivendo agora, a inominável dor da injustiça, a profunda dor da injustiça, a dor da traição”, disse a presidente afastada.
Minutos antes, em pronunciamento para a imprensa, Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a “maior das brutalidades que pode ser cometida”.