Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa
Otimista, o atual secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Gustavo Ramos Perissinotto (PMDB), prioriza esforço concentrado para tirar a prefeitura da crise, porém não nega que pode vir a ser o candidato ideal para a sucessão do prefeito Du Altimari (PMDB).
Em entrevista à Coluna, o advogado enalteceu as conquistas do governo municipal, como o programa habitacional, o qual elencou como um dos melhores do país. Confira:
POLÍTIKA – Como vê a possibilidade de ser candidato a prefeito no próximo ano?
GUSTAVO – Neste momento penso apenas em exercer bem meu papel no governo. Fizemos um primeiro governo muito bom e estamos firmes no segundo. Resolvemos problemas estruturais da cidade, como a questão das enchentes, dos problemas viários que dividiam a cidade e outros gargalos na Saúde e Educação. Ajudamos a modernizar a cidade com ciclofaixas e internet gratuita, programas que podem funcionar ainda melhor, mas vivemos um momento conturbado em relação à arrecadação. Isso é um problema dos municípios em geral, é verdade, mas toda minha energia está em ajudar o prefeito a encontrar saídas.
Du Altimari nos cobra todos os dias propostas e soluções criativas para resolver os problemas da cidade e executar o nosso planejamento. Muita coisa vai acontecer até as eleições, então minha prioridade é mesmo ajudar minha cidade. O que vai acontecer no futuro depende muito do que fizermos e do nosso campo político. Tenho a humilde convicção de que estou preparado para qualquer tarefa que me seja dada, mas sei que o importante é concluir bem esse ciclo e ter condições de olhar nos olhos das pessoas durante a campanha e dizer que os oito anos valeram a pena.
POLÍTIKA – O que Rio Claro precisa, na política, para avançar?
GUSTAVO – Como disse antes, muito foi feito nos últimos 7 anos, mas muito ainda precisa ser feito. Nosso programa habitacional é um dos maiores do País, milhares de famílias realizaram o sonho da casa própria, sem contar as obras de infraestrutura e a modernização da legislação municipal. Os avanços foram muitos. Nos próximos quatro anos penso que precisamos fazer com que as coisas que importam na cidade continuem acontecendo na velocidade que espera nosso cidadão, que trabalha e paga seus impostos.
Tenho convicção de que Rio Claro aumentou seu protagonismo regional e fará ainda mais, como por exemplo ajudar o País a rediscutir o pacto federativo. Não é possível que a responsabilidade pelos serviços públicos seja cada vez mais do município e a arrecadação fique cada dia mais concentrada na União e nos estados. Além disso, penso que a sociedade clama por mudanças mais profundas. Como a reforma política e a reforma tributária, por exemplo. As instituições passam por um descrédito gigantesco e cabe a todos nós, com cargos públicos ou não, fazer a nossa parte para construir uma cidade e um País mais justos.
SÉRIE DE ENTREVISTAS
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