Adriel Arvolea
Lixo, cobra, rato e muitos problemas. A situação não está fácil para vizinhos de um terreno localizado na Rua 21 com Avenida 11, no Consolação. Segundo reclamantes, o lote seria de propriedade da prefeitura. No local, há, ainda, dois imóveis. Ambos estão abandonados e um foi incendiado recentemente, durante briga entre moradores de rua que ocupavam o espaço.
Ana Sorgon comenta que carroceiros se dirigem ao local para despejar lixo e entulho. “Todo dia, um carroceiro descarta resíduos no terreno. Para se ter ideia, no último domingo jogaram um cachorro morto. Um vizinho, devido ao cheiro e riscos à saúde, teve de enterrá-lo. As pessoas veem o abandono em que a área se encontra e aproveitam para jogar mais lixo”, desabafa Ana.
Segundo conta, já fez contato com a prefeitura e vereadores sobre as condições do endereço, mas nenhuma providência foi tomada até o momento. “Liguei, outros vizinhos ligaram, e nada. A situação está complicada por aqui, pois traz riscos à segurança, à saúde e ao bem-estar da vizinhança. Até cobra encontraram no terreno”, reforça a munícipe.
O problema enfrentado por Ana, também, se repete em outros pontos da cidade. Rio Claro tem 100% de coleta domiciliar, implantou ecopontos, realiza mensalmente a operação cata bagulho nos bairros e criou a Secretaria de Manutenção e Paisagismo para cuidar especificamente da limpeza urbana.
Mesmo assim, parece viver em meio ao lixo e entulho espalhados em terrenos e vias públicas, descartados irregularmente por parte da própria população. O serviço de recolhimento de lixo jogado em lugares impróprios é feito pela Secretaria de Obras. Consequentemente, gera gastos extras aos cofres públicos para o recolhimento desses materiais.
Prefeitura
A diretoria municipal de Comunicação esclarece que a prefeitura não tem propriedade no endereço indicado. No caso de terrenos particulares, os donos têm a obrigação de cuidar de seus imóveis. “Se o terreno baldio aberto estiver sujo e com mato, a prefeitura faz a limpeza e manda a conta para os donos faltosos. Se o terreno for fechado, a prefeitura não pode entrar”, explica em nota. Questões envolvendo invasão de áreas particulares, também, são de responsabilidade dos donos dos imóveis.