Celulares do grupo de rio-clarenses irão para Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores. Munícipes já retornaram a Rio Claro e poderão responder criminalmente.
O grupo de rio-clarenses que foi detido pela Polícia Federal, em Uberaba, na segunda-feira (9), já retornou a Rio Claro. Eles foram liberados por volta das 22h e chegaram na madrugada dessa terça-feira (10). Todos retornaram através de outro ônibus que foi viabilizado para buscá-los, uma vez que o veículo que os levou para Brasília, no domingo (8), ficou apreendido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista de ontem ao Jornal Cidade, o delegado da PF, Dr. Mário Veloso, afirmou que os manifestantes ainda não foram indiciados, mas que poderão responder criminalmente caso seja comprovada a participação dos mesmos nos atos nos prédios dos Três Poderes.
“Todos foram liberados após os procedimentos. Após a conclusão das perícias e comprovação dos indícios, os supostos criminosos deverão ser indiciados pelos crimes tipificados nos artigos 288, 359-L e 359-M do Código Penal, respondendo com penas que variam de 11 a 30 anos de reclusão. As investigações seguem para a Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores em Brasília”, afirmou o delegado.
A participação dos rio-clarenses nos atos será investigada através de perícia nos celulares. Todos os aparelhos do grupo foram apreendidos pela Polícia Federal. Roupas e bandeiras também foram apreendidas para serem submetidas a perícia e comparadas com as imagens dos atos na Praça dos Três Poderes. Segundo informou o delegado da PF, todos os manifestantes de Rio Claro negaram participação dos atos diretos aos prédios públicos.
Veloso afirmou, ainda, que os motoristas do ônibus que levou o grupo não deverão ser responsabilizados, uma vez que ficou claro, para o delegado da Polícia Federal, que haviam sido contratados para prestar o serviço de transporte coletivo dos rio-clarenses para Brasília. Já os manifestantes poderão responder criminalmente por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Pena
Se comprovada participação nos atos nos prédios públicos, rio-clarenses poderão responder criminalmente e até serem presos.