Um ano após incêndio área da ferrovia passou por mudanças, mas futuro segue indefinido

Na última quarta (21), o incêndio de grandes proporções que atingiu a antiga área da ferrovia de Rio Claro completou exatamente um ano. Após o incêndio, várias mudanças foram realizadas na área atingida pelo fogo, no intuito de trazer mais segurança aos moradores próximos e também ao próprio terreno.

A área incendiada no ano passado pertence à CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços) e muitos dos equipamentos que foram danificados pelas chamas eram do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Mesmo não tendo relação direta com a área, a Prefeitura Municipal de Rio Claro esteve apoiando mudanças no local após o incêndio para melhorar as condições de uma área importante para o município.

“O prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, fez vários contatos e gestões na Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) para que fossem tomadas as providências com relação ao paredão da antiga Fepasa, na Avenida 22-A. A primeira providência foi a limpeza da área, de onde foram removidos equipamentos e sucatas que estavam ali havia anos. O paredão oferecia risco de desmoronamento, situação que se agravou com o incêndio na área das antigas oficinas da linha férrea. Para resolver o problema, o paredão teve sua altura reduzida naquele trecho. Os custos foram pagos integralmente pela CPOS, responsável pelo imóvel. Além do rebaixamento do paredão, foram feitos reparos em pontos da calçada e guias naquele trecho, além de adequações em outra parte do muro que estava com problemas, na Avenida 24-A”, informou a Prefeitura.

Um ano após o incêndio

Visão dos moradores

Munícipes que moram próximos à área onde foi registrado o incêndio em 2018 afirmam que as mudanças realizadas realmente representaram melhorias para os vizinhos do local.

“Me sinto mais seguro agora, antes morria de medo por conta desta área. As coisas que ficavam nesse terreno atraíam bandidos para a nossa região, que vinham exatamente para roubar o que tinha ali na Fepasa. Agora, que não tem mais nada, a movimentação é praticamente nula e só de funcionários das empresas que tomam conta de lá”, afirma um homem que mora a um quarteirão do terreno.

Outra moradora cita, também, o fato de estar menos preocupada com doenças: “Além de estar mais seguro, parou de ter bicho em casa. Não tem mais todo aquele lixo jogado, então não tem mais bicho. Antes também tinha o medo de pegar fogo, o que era frequente, agora não tem mais nada pra queimar. É só esperar pra ver o que vão fazer ali e torcer pra ser alguma coisa boa pra população de Rio Claro”.

FOTO: Daniel Lins


Relembre: A área atingida pelo incêndio em agosto do ano passado equivale a cerca de 10 quarteirões. No dia da ocorrência, o Corpo de Bombeiros precisou de quase sete horas de trabalho intenso para conter as chamas.(FOTO: Daniel Lins)

Prefeitura tem interesse pela área da ferrovia

Apesar de, atualmente, não ter nenhum direito ou responsabilidade sobre a antiga área da ferrovia, a Prefeitura Municipal admite que o terreno é de interesse do município e que trabalha para ser detentora do local: “Existe a vontade da prefeitura em conseguir a posse daquela área e, para isso, o prefeito Juninho tem mantido contado com a CPOS e com o DNIT. O objetivo é definir um projeto que melhore os aspectos urbanístico e de mobilidade em todo o trecho abrangido”.

Redação JC: