Um Dodge Charger, de 1968, vindo diretamente dos EUA para Rio Claro

Um Dodge Charger, de 1968, vindo diretamente dos EUA para Rio Claro

Em 2015, Lourenço Ferreira Papin trouxe dos Estados Unidos um ícone das estradas: um Dodge Charger americano de 1968, na cor verde, com motor V8 de 440 polegadas cúbicas e 400 cavalos de potência. Este clássico, comprado em 2014, chegou ao Brasil após os trâmites de importação e, desde então, tem sido motivo de orgulho e paixão para Lourenço. “Esse carro é da segunda geração do Dodge Charger, que começou em 1966. Em 1968, mudou para essa carroceria aqui, que fez muito sucesso em filmes e seriados nos anos 70 e 80 e, principalmente, no filme Velozes e Furiosos”, conta o analista.

O clássico já veio com placa preta, e Lourenço explica o porquê: “Quando um carro é importado e tem mais de 30 anos, ele obrigatoriamente tem que preencher os requisitos para adquirir a placa preta. Esse carro, do jeito que veio, está até hoje.” Ele ainda relata que manter a originalidade do veículo é crucial para preservar o status de colecionador. “Se eu descaracterizá-lo, o clube no qual ele está vinculado pode pedir a perda da placa preta, pois deixa de atender os requisitos para ser um carro de coleção”.

A paixão de Lourenço pelos Dodges é antiga. “Eu sempre gostei muito dos Dodges nacionais, mas esse aqui, o americano, principalmente por ser um ícone que via em filmes e seriados, se tornou um sonho. Quando pude adquiri-lo, foi a realização de um sonho de muitos e muitos anos.”

Desde que trouxe o Dodge para o Brasil, Lourenço já fez várias viagens com o carro, muitas delas em família. “Fomos para Poços de Caldas, Águas de Lindóia, em vários eventos dentro e fora da cidade. Eu costumava andar bastante com ele, mas agora ele está um pouco guardado. Estou com um pouco de ciúmes dele, mas eu sempre viajei com o carro. Acho que já rodei mais de cinco mil km com ele.” Ele revela que manter um carro antigo não é uma tarefa fácil, especialmente com os altos custos de manutenção e peças importadas. “Hoje, um carro antigo sempre vai dar manutenção. Os custos são bem altos, peças, principalmente importadas, estão cada vez mais caras”, admite Lourenço. No entanto, para ele, o investimento vale a pena. “É um gosto, um hobby que, mesmo sendo caro, a gente dá um jeito porque vale a pena. Eu me sinto muito bem tendo ele, podendo mexer, podendo reformar, arrumar alguma coisa que não esteja legal.” Lourenço procura sempre manter o carro em ordem para garantir sua longevidade. “Só o trocaria por outro igual”, conclui.

Lourenço Papin e o filho Thomáz, de 11 anos, são apaixonados pelo carro
Karem Freitas: