Uso de água das cavas exige alto investimento, mas não é descartado

Cavas de mineração armazenam grandes quantidades de água

Para manter o abastecimento de água, cidades como Santa Gertrudes já recorrem aos reservatórios formados nas cavas de mineração. Segundo o integrante do Comitê de Gestão da Crise Hídrica, Osmar da Silva Junior, em entrevista à rádio Jovem Pan News nesta quarta-feira (23), essa é uma hipótese que não está descartada para Rio Claro, apesar das dificuldades na extração.

“Pensamos sim. Em 2021, passamos por uma situação delicada, não teve rodízio, mas teve racionamento, nós pesquisamos cavas de mineração, onde era possível fazer captação (…) identificamos uma cava no distrito de Ajapi”. Neste local, o armazenamento de água, segundo Osmar, seria suficiente para abastecimento por 30 dias numa situação de rodízio.

Osmar da Silva Jr., integrante do Comitê de Gestão da Crise Hídrica, ressalta que Rio Claro precisa de projeto de represa

O uso da água armazenada nas cavas, porém, exige grandes obras e investimentos. “O único problema é a distância, como fazer a água chegar no nossa ETA. Santa Gertrudes tem uma situação privilegiada dessa cava que estão utilizando, a água vem praticamente por gravidade”, explica Osmar. No caso de Rio Claro, seria preciso instalar uma estação de bombas junto à cava, e fazer uma tubulação de no mínimo seis quilômetros e meio para chegar num ponto do córrego mais próximo que é afluente do Ribeirão Claro, para depois a água chegar à captação.

“A tubulação teria que ficar aparente, precisamos ter alguns cuidados (…) Gera uma dificuldade a mais, mas não está descartada”, alerta.

Rodrigo Montezzo: