A volta às aulas em Rio Claro segue em forma escalonada e esse é o motivo de uma nova pressão contra a Secretaria Municipal de Educação na Câmara de Vereadores. Durante sessão nessa terça-feira (16), parlamentares queixaram-se das chamadas “bolhas sociais”, um método que divide os alunos no retorno presencial gradativo, e teve a própria líder do governo do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), Carol Gomes (Cidadania), afirmando que acionaria o Ministério Público para investigar as normativas da pasta nas escolas municipais.
A vereadora citou que demais cidades da região já promoveram a volta nas escolas com 100% de ocupação e que a cidade de Rio Claro é exceção. Segundo ela, a Educação local não prevê que em 2022 será também desta forma, apesar de o Governo do Estado já ter liberado que as unidades escolares possam estar na capacidade máxima de atendimento. “Os pais dos alunos estão ao nosso lado contra a mazela na Educação. Estou entrando no Ministério Público contra essa decisão arbitrária da Secretaria de permanecer em bolhas nas salas. Aqui é correto e o resto do Brasil é errado. (…) Diálogo não adianta mais”, ironizou.
O vereador Serginho Carnevale (DEM) abriu a discussão no plenário também tecendo críticas à Prefeitura. De acordo com o parlamentar, a secretaria conseguiu “desagradar a todo mundo, pais, alunos e conselho de educação. Esse modelo de bolhas é difícil para os pais dos alunos entenderem. Estamos voltando a uma certa normalidade e na Educação ficando com freio de mão puxado”.
O colega Vagner Baungartner (PSDB) chegou a citar que o nome da Secretaria é de “Deseducação”, não “Educação”. Para o tucano, faltaria “sensibilidade” da pasta na organização das tais “bolhas sociais”. “As pessoas que querem ir presencial, vamos juntar todos para ir toda semana. (…) eles têm que ir todo dia, toda semana. Os que querem não deixam, a Secretaria de Educação não deixa quem quer estudar, presencialmente, estudar”, afirmou.
Relembre
Anteriormente, a titular Valéria Velis, secretária da Educação, declarou que esse método ocorre para não colocar as crianças em contato com outros estudantes fora do seu círculo de convivência, de forma a evitar contágios por coronavírus.