VÍDEO: drones invadem os céus da Cidade Azul

Adriel Arvolea

Bruno Leite (frente) e Kauê de Carvalho (atrás) têm experiência no comando de drones, e dizem que é fácil de controlar

É um pássaro, é um homem, é um avião? A pergunta é um tanto batida, mas, com certeza, numa brincadeira, você já a fez quando avistou no céu um objeto pequeno dotado de hélices e câmeras. Esse objeto tem nome e é conhecido como drone.

O equipamento lembra em muito uma obra de ficção científica, daqueles filmes repletos de robôs e alienígenas. Mas, não precisa ter medo, não. Esses pequenos veículos não tripulados são utilizados, principalmente, para a captação de imagens e vídeo. Ao invés de um helicóptero ou avião, é possível controlá-lo do chão mesmo, até sentado se quiser, com total comodidade.

Aeromodelista por hobby, Bruno Raphael Leite se interessou por drones há um ano. Desde então, tem dominado o seu manuseio e destaca algumas vantagens da tecnologia. “Manusear é fácil, mas conhecê-lo bem tem mais de um ano. É um equipamento prático que facilita e colabora para a realização de tarefas que demandariam uma estrutura maior ou vários profissionais envolvidos”, comenta Leite.

Conforme destaca, a funcionalidade do drone tem crescido cada vez mais, sendo utilizado em diferentes situações do dia a dia. “No uso comum, situações de fiscalização, setor imobiliário, fotos e vídeos de eventos são alguns exemplos”, aponta o aeromodelista. Hoje em dia, já houve até entrega de alianças de casamento e testes com pizzas

O equipamento pode pesar de 800 gramas a oito quilos e alcançar um raio de até 40 quilômetros, conforme a sua frequência. “Tudo dependerá do equipamento em mãos. Um drone pode atingir de um a 40 quilômetros. Acontece que o alcance visual é restrito à visão mesmo. A 500 ou 600 metros, você já perde esse campo de visão. Daí, entra o voo FPV (First Person View), onde você o acompanha da tela de exibição de vídeo no controle de comando”, explica Leite.

Se para uns parece mais um brinquedo, a brincadeira pode ser um tanto cara. Conforme o modelo e marca, pode custar de R$ 1 mil a 5 mil. Aí, dependerá do bolso do ‘cliente’. GPS, câmera de vídeo, transmissor e receptor de vídeo são alguns equipamentos que podem ser agregados ao drone.

A operação desses equipamentos sem o Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) e em áreas densamente povoadas é proibida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), mas sem uma legislação própria.

“Não tem nada definido específico para drones. Existem, sim, leis e regras da ANAC e outras agências aéreas. Procuramos dentro dessas leis os nossos limites sem extrapolar, como não invadir rotas de aviões, helicópteros etc. Tem medidas em vigor nos EUA e não no Brasil, mas buscamos agir com o bom senso, como não passar de 20kg o peso de equipamento ou não sobrevoar pessoas. Até o final de 2015 deve entrar em vigor alguma lei no nosso País”, reforça.

VÍDEO

Confira abaixo a gravação desta matéria. Os trabalhos aconteceram no parque ecológico do Lago Azul, em Rio Claro, e o drone utilizado nas filmagens atinge 1.500 metros de altura.

Imagens panorâmicas do parque, demonstração de voo e detalhes no manuseio dos equipamentos podem ser conferidos no vídeo.

Redação JC: