Ex-delegado, professor da Academia da Polícia Civil e advogado volta ao cargo de secretário municipal de Segurança de Rio Claro
O novo secretário municipal de Segurança e Defesa Civil, José Gustavo Viegas Carneiro, deu sua primeira entrevista nessa terça-feira (8) ao Jornal Cidade já como titular da pasta. A portaria de nomeação assinada pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) deve ser publicada ainda esta semana.
Para Viegas, que já ocupou o cargo durante o Governo Du Altimari (2009/2016), há de se potencializar a integração entre a Guarda Civil Municipal, a Polícia Militar e a Polícia Civil, dentre as diversas frentes de segurança pública em Rio Claro. Nos próximos dias, Viegas deve procurar os titulares das corporações, Paulo Hadich (Polícia Civil) e Coronel André Vianna (Polícia Militar), para se apresentar oficialmente como secretário. Confira a seguir alguns destaques da entrevista no programa Farol JC.
Experiência profissional e trabalho enquanto secretário
– Nós entendemos que a segurança pública deve ser resolvida com um olhar interdisciplinar, não adianta ter uma visão unicamente de segurança, porque a violência depende de uma análise do planejamento urbano, na área de assistência e educação. Temos que integrar ações para diminuir a criminalidade. Quando analisamos a criminalidade isolada, não teremos bons resultados.
Estatísticas da violência e homicídio
– Temos que levar em consideração alguns aspectos. Temos uma questão de homicídios sazonal, com picos que depois decaem e voltam. Tivemos a menor taxa de homicídios de Rio Claro e de repente esses níveis aumentaram. (…) A segurança pública só pode ser pensada num viés de integração. Se não tivermos integração entre as polícias, secretarias estaduais e municipais na área social, não iremos ter resultados. É o problema como da Cracolândia. A segurança não é a salvadora da pátria, é um meio de colaborar para minimizar a violência.
O bom relacionamento que temos com a Polícia Militar, com o Coronel Vianna, temos o Dr. Paulo Hadich [Polícia Civil], são pessoas com quem temos de integrar ações, o que podemos ajudar um ao outro, o que o município pode colaborar com o Estado, o que o Estado pode colaborar com o município e o que a União pode trazer de recursos. (…) Faço questão de colocar a Secretaria à disposição.
Ações da Defesa Civil
– Temos que pensar também na Defesa Civil. Tem que ter ações integradas, é o nosso viés buscar diálogos. Vou conversar com o Danilo de Almeida, atual diretor, que é uma pessoa de extrema competência e reconhecido nacionalmente como integrante da DC. Tenho que analisar os recursos financeiros que temos disponíveis para esses investimentos. É necessário, sabemos que os eventos climáticos severos ocorrem, temos que estar preparados para casos de alagamento, enchente, destelhamento de casas, é a população que sofre. A Defesa Civil tendo o mínimo pode trazer conforto nos momentos mais delicados.
Guarda Civil Municipal
– O mais importante é voltar a unir a GCM internamente. Deixar bem claro que não devem existir grupos dentro da Guarda, que deve ser forte, unida e pensando essencialmente na população. É importante que a GCM tenha consciência de que o seu papel constitucional é garantir serviços de qualidade, também que é responsável pelo patrimônio e equipamentos públicos e que ela é responsável por questões constitucionais e infraconstitucional de que a vocação dela é de patrulhamento preventivo, não de patrulhamento repressivo. Essa é uma questão que vamos tentar, neste primeiro momento, conscientizar. Temos um efetivo para fazer um bom patrulhamento efetivo para garantir a qualidade do serviço municipal.