Voluntária recebeu a vacina CoronaVac durante os ensaios clínicos da pesquisa

Tatiana decidiu fazer parte da pesquisa da CoronaVac porque é profissional da saúde e como cirurgiã-dentista está vulnerável à doença no dia a dia do trabalho (arquivo pessoal)

A cirurgiã-dentista Tatiana Borgia Barbosa Sanchez foi uma dos, aproximadamente, dez mil profissionais da saúde que participaram voluntariamente dos ensaios clínicos da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science. A partir desses testes, foi possível saber o resultado de segurança e eficácia do imunizante que está sendo liberado, agora, à população.

Tatiana recebeu a primeira dose em 22 de setembro de 2020 e a segunda em 6 de outubro. Conforme explica, no ensaio clínico 50% dos profissionais tomaram a vacina e os outros 50% placebo. Era um estudo duplo cego randomizado, então nem os pesquisadores sabiam quem havia tomado a vacina ou o placebo.

No último dia 27, foi feita a abertura do cegamento do teste e confirmado o resultado da voluntária. “Eu recebi a vacina adsorvida Covid-19 (inativada) do estudo. Tive essa oportunidade e essa experiência. Agradeço por isso, pois a sensação de estar vacinada e, principalmente, ter participado de um estudo tão importante foi maravilhosa”, avalia a cirurgiã-dentista.

Além de ser voluntária e estar exposta aos riscos da doença no exercício da atividade, Tatiana reforça que os cirurgiões-dentistas, durante a Faculdade de Odontologia, são exaustivamente treinados em biossegurança durante todos os anos como universitários. “Estamos acostumados e executamos no nosso dia a dia todos os protocolos de Biossegurança necessários para uma excelente conduta odontológica”, reforça.

Após o Lockdown, no início da pandemia, os profissionais tiveram treinamentos específicos em cursos, palestras, lives etc. e aprimoraram os protocolos com relação à doença. “Nós, cirurgiões-dentistas, temos protocolos seguros de atendimento em nossas clínicas. Usamos barreiras físicas durante o atendimento, químicas durante a desinfecção de ambientes e físico/química na esterilização de materiais. Os clientes estão seguros nos consultórios odontológicos. Você pode e deve confiar no seu cirurgião-dentista”, conclui.

Adriel Arvolea: