Voyage passa por primeira transformação desde sua fabricação há mais de 30 anos

Voyage 89/90 do empresário Waldemar dos Santos Júnior foi reformado e agora está mais tecnológico, diferente do original

Descobrimos em Santa Gertrudes um Voyage 89/90 totalmente tecnológico. “O Voyage era do meu pai, na época ele já era um carro diferenciado, porque era 1.8 Plus, era uma série diferenciada da marca”, comenta Waldemar Rodrigues dos Santos Júnior, atual proprietário do veículo.

Segundo Waldemar, original mesmo é só a cor cinza prata, o resto mudou tudo. “Eu troquei praticamente tudo do carro: motor, para-choque, farol, banco, roda, som, tudo foi trocado. Permaneceram poucas coisas originais, apenas alguns detalhes”.

Conta outras alterações que fez no carro: “O motor era carburado, hoje é injetado, o cabeçote está modificado também. Hoje ele é 2.0, tem um sistema de injeção diferente, coloquei uma fueltech para administrar o sistema de injeção dele também”.

Inovou na parte do som, aproveitou um equipamento antigo e mesclou ‘antigo com novo’. Hoje o carro tem toca-fita Pionner com disqueteira de 12 CDs e um kit multimídia com uma tela de 10 polegadas. No interior do Voyage, Waldemar ainda buscou conforto, instalando bancos e vidros elétricos, além das travas nas portas. “Eu não fiz as contas, fui só pagando, mas foram mais de trinta mil, com certeza”, comenta, rindo.

O carro, quando pertencia ao pai, era todo original, seria um clássico dos anos 80. “Pra falar que eu aprecio muito carro antigo, não é verdade, eu gosto de carros tecnológicos, gosto de tecnologia, como diz um amigo meu, ‘eu gosto de botão dentro do carro’ (risos), e foi por isso que eu tentei trazer um pouco disso na restauração do Voyage, quis colocar mais tecnologia e um pouco mais de conforto”, explica o empresário. Ele também instalou direção hidráulica e ar-condicionado.

“O meu pai nunca teve muitos carros, esse carro ele tirou zero, ficou até quando faleceu, e meus irmãos me deram, de fato é uma relíquia pra mim. Eu sempre quis fazer alguma coisa nesse sentido e acabei fazendo no Voyage dele, a gente o reformou inteirinho”.

No aniversário de Santa Gertrudes, Waldemar Jr. levou o Voyage ao Encontro de Carros Antigos, conta como foi a experiência: “Eu nunca fiz com essa intenção, na verdade foi um amigo meu que insistiu e levou o veículo, ele era um dos organizadores do evento. Eu fiquei bastante satisfeito, foi legal chegar lá e ver o pessoal apreciando o carro. Quando acabar a reforma, porque ainda tem algumas coisas a serem feitas nele, eu vou participar de mais”.

Explica o que ainda falta terminar: “É mais uns detalhes, quero trocar o painel, colocar um digital que tem agora, e dar uma maquiada mais nele”, comenta se divertindo.

Confessa que não costuma ficar muito tempo com um carro, mas nesse caso não vê a possibilidade de vender o Voyage que era do pai, mesmo por um valor maior que do mercado.

“O valor sentimental é importante, como eu disse antes, eu perdi meu pai e meus irmãos me deram o carro. Eu falei que iria restaurar e agora a gente está acabando finalmente a restauração, então eu não vejo a possibilidade de vender o Voyage”, finaliza.

Karem Freitas: