Sessão plenária foi realizada na noite de terça-feira, 10 de fevereiro, na sede do legislativo em Santa (Foto: Arquivo)

Antonio Archangelo/Polítika

Gastos com o novo prédio do Legislativo de Santa Gertrudes motivaram denúncia ao Ministério Público (MP)
Gastos com o novo prédio do Legislativo de Santa Gertrudes motivaram denúncia ao Ministério Público (MP)

O custo para a construção do novo prédio da Câmara Municipal de Santa Gertrudes evidencia impasse entre os números apontados pelo portal de transparência da própria casa e os apontados como “valores pagos” no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

De acordo com o Portal, os valores pagos à construtora responsável pela obra entre 2013 e 2014 chegam à casa dos R$ 8.946.674,87 (o somatório), já os declarados ao Tribunal de Contas figuram na casa dos R$ 1.629.942,00. Se levado em conta, os números de cada ano, sem o somatório mensal, o valor declarado no portal é de R$ 1.576.111,34.

O prédio, que será um espaço multiuso, terá auditório com capacidade para 500 pessoas, acessibilidade total com rampas para portadores de deficiência, construção com verba própria e começou a ser licitado em 2011. Atualmente as obras estão em fase final de construção e foram motivo de denúncia encaminhada ao Ministério Público, já que vereadores teriam supostamente recebido “propina” para engavetar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as despesas com a construção.

O vereador Levy Xavier Ferraz, do PRB, disse à coluna que se colocou à disposição da promotoria e tem fiscalizado a obra. “Já me posicionei no MP. Foi uma atitude leviana a que fizeram comigo. Estou acompanhando a obra e, quando entrei, a licitação já havia sido feita. Estou fiscalizando, mas não houve CPI”, disse.

Questionado sobre o valor da obra, o vereador disse “desconhecer o valor total”. “O que sei é que na licitação o valor era de R$ 2,9 milhões. Para uma obra de 1.600 metros e do porte como esta, com porcelanato, o valor de R$ 2 mil o metro está dentro do valor de mercado. Não vi irregularidades”, completou. O peemedebista Glalson Chamon da Silva também nega irregularidade. “Isso é uma coisa que não existe e nunca existiu. Já respondemos ao Ministério Público e a situação até aborrece a gente. Queremos que a promotoria descubra quem fez esta palhaçada”, relatou.

O presidente da Câmara, o vereador José Luiz Vieira (PMDB), também negou irregularidades. Sobre o que um recebeu ou deixou de receber, eu não falo sobre. Você tem que ligar para eles. Não teve CPI. Tudo o que o Ministério Público pediu está em posse dele. A obra foi licitada em R$ 2,903 milhões, ao contrário do R$ 1 milhão que estão falando”, disse comentando que a obra deve ser entregue em fevereiro de 2015. “Se for ver, essa será a obra mais barata em relação à região”, disse.

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