Sidney Navas

CALÇADAS SÃO BLOQUEADAS POR COMERCIANTES
A falta de respeito é mais frequente nos bairros longe da área central

O problema é de longa data e a suposta fragilização na fiscalização por parte do Poder Público potencializa os transtornos causados aos pedestres. Muitos comerciantes dos mais variados ramos usam as calçadas como extensão de seus estabelecimentos comerciais, fechando a passagem, obrigando assim as pessoas a andarem no meio da rua, dividindo o espaço com carros, motos, ônibus e caminhões.

A falta de respeito é mais frequente nos bairros longe da área central. Mas a inobservância à lei também pode ser vista em grandes avenidas, como a Visconde do Rio Claro, a Tancredo Neves e a dos Costas, forrada de comércio e lojas. Quem não gosta dessa ‘folga’ toda são os pedestres, e com razão. Proprietários de alguns bares também mantêm esse péssimo hábito. Para agradar aos clientes e aumentar seu espaço físico de atuação, eles colocam mesas e cadeiras para fora. Os clientes podem até gostar, mas os pedestres não dizem o mesmo.

A dona de casa Lúcia Helena Reis observa que em muitos trechos a calçada já está danificada e, como se isso não bastasse, alguns comerciantes, com tais procedimentos, dificultam ainda mais a vida dos pedestres. “Andar pelas calçadas de Rio Claro já não é uma tarefa fácil, ainda mais quando o passeio está bloqueado, cheio de mesas, mercadorias e tudo o mais”, enfatiza a mulher.

A secretária Ana Cristina Fonseca lembra que perto de sua casa, nas imediações do Jardim Inocoop, o dono de uma borracharia enche a calçada com vários pneus. “É uma falta de consciência e, pelo visto, não existe fiscalização para coibir tal prática. Acredito que, se os fiscais saíssem às ruas, iriam encontrar diversas irregularidades”, dispara.

A prefeitura municipal lembra que não é permitido qualquer obstáculo que prejudique o trânsito do pedestre, principalmente em calçadas. Em caso de veículos automotores, a infração está prevista no Código Brasileiro de Trânsito (CBT). A denúncia deve ser feita diretamente no Serviço 156. Questionada a respeito de alguma fiscalização nesse sentido, a assessoria de imprensa não se manifestou quanto a esse assunto.

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