Fabíola Cunha

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O AME oferece atendimento conhecido como secundário, recebendo pacientes da rede pública de saúde que foram encaminhados pelos municípios

Instalado na Rua 9, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) atende pacientes de Rio Claro e outros 25 municípios com abrangência de 21 especialidades, que vão desde mastologia e ortopedia até acupuntura e psicologia. Inaugurado no dia 6 de janeiro de 2009, o local tem média de consultas médicas anual de 62.767, consultas não médicas (que englobam atendimentos de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição enfermagem e farmácia) de 24.811; 2.478 atividades cirúrgicas e 130.486 exames, que são os diagnósticos em laboratório clínico, por anatomia patológica e citopatológica, radiologia, ultrassonografia, endoscopia e métodos diagnósticos em especialidades. As mamografias somam 6.969 realizadas no ano.

O AME oferece atendimento conhecido como secundário, recebendo pacientes da rede pública de saúde que foram encaminhados pelos municípios, após atendimento prévio em Unidades Básicas de Saúde (UBSs): “Muitas especialidades, que antes não eram oferecidas no município e região, passaram a ser oferecidas, você vê uma dificuldade muito grande em consultas no SUS com acupuntura, reumatologia, algumas áreas cirúrgicas da dermatologia, entre outros, que a rede municipal não oferece, o AME passou a oferecer”, explica o diretor médico da unidade, Glauco Parallupi (CRM 122633).

Ele adianta que estão em estudo dois procedimentos na área vascular e oftalmológica para que sejam ofertados pelo AME em Rio Claro: “Estamos estudando reduzir a fila de espera para cirurgias vasculares, negociando com alguns cirurgiões a aplicação do polidocanol, que é uma ‘espuminha’ e entre 60% e 80% dos casos de varizes pode ser resolvido com esse procedimento”, diz.
A blefaroplastia, cirurgia corretiva que levanta as pálpebras caídas de forma a melhorar a visão do paciente, também deve ser introduzida no rol de especialidades do AME.

Pela primeira vez no AME, Idalina Bocchio, de Capivari (76 km de Rio Claro), chegou às 6h com a mãe e elogiou a pontualidade do atendimento: “Esperei para ser atendida porque vim mais cedo do município com a van, mas o horário aqui foi respeitado e o atendimento foi muito bom, gostei muito”, diz. De Itirapina, Angélica Janei trouxe o sobrinho para consulta: “Já vim várias vezes e aqui é bem melhor que minha cidade, a única demora é por causa do transporte, que vem mais cedo para trazer todo mundo, mas eu não tenho do que reclamar”, explica.

Apesar de atender tantos outros municípios, Rio Claro é o maior usuário do sistema, o que pede uma relação muito estreita e bem esclarecida com a administração municipal: “Como o AME trabalha com metas quantitativas e qualitativas, essa relação tem que ser cada vez mais conjunta, porque o AME depende do número de atendimentos mensais e o principal usuário da rede é Rio Claro, então é indispensável que haja consonância entre o número de vagas ofertadas para que não haja ociosidade”, explica Parallupi.

Administrado pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o AME realiza processos seletivos para preenchimento de 15 vagas para Radiologista, Dermatologista, Oftalmologista, Gastroenterologista, Reumatologista, Neurologista, Cardiologista, Ortopedista, Cirurgião Vascular, Ultrassonografista, Neurologista Pediátrico, Otorrinolaringologista, Econografista Vascular com Doppler, Ginecologista/Obstetra e Endocrinologista. Segundo Glauco, cardiologistas, vasculares e endocrinologistas estão em falta não apenas no AME, mas em geral, muito devido ao fato do setor privado ser mais atraente para esses especialistas. Mais informações: (19) 3526-2300.

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