Antonio Archangelo
A crise hídrica foi o tema do último programa Na Roça, que vai ao ar pela Jovem Pan AM todo sábado, às 9h. Entre os convidados, uma coisa é unânime: é necessário implantar políticas de longo prazo para evitar e prevenir que a situação se repita nos próximos anos.
A pesquisadora Maria Aparecida Marin Morales, da Unesp, levantou o panorama técnico da situação provocada pela falta de chuvas no Estado. Ela mencionou a diminuição dos chamados “rios aéreos’ que trazem água precipitada do oceano e da região amazônica para o interior do Brasil. “O desmatamento da Floresta Amazônica tem contribuído, significativamente, para a diminuição da água evaporada para o Estado de SP, prejudicando as chuvas necessárias”, citou.
A vice-prefeita Olga Salomão (PT) não poupou críticas à gestão hídrica no governo Geraldo Alckmin. Salomão citou que, desde que se construiu o Sistema Cantareira – que arrecada água do interior de São Paulo para abastecer a capital -, os investimentos que tinham que ser feitos, como a construção de novas represas, não saíram do papel, e com a crise hídrica a situação ficou latente.
“Não tenho dúvidas de que é um problema de gestão. E isso recai sobre o governador Geraldo Alckmin, em relação aos investimentos que deveriam ser feitos”, citou a vice-prefeita e ex-secretária da Sepladema. Já o deputado Aldo Demarchi (DEM) citou que o momento “não é o de procurar culpado”.
“Acho que a natureza foi maltratada e o que está acontecendo agora é uma resposta a tudo que fizemos. Estamos discutindo esta questão e preocupados com a crise. Recentemente, elaboramos, após reuniões, a chamada Carta de Bragança, que auxiliará o governador nas medidas que deverão ser tomadas para prevenirmos esta questão”, citou o deputado ao elencar a importância da PPP para que Rio Claro possa devolver água limpa aos rios que cortam a região.