JOÃO GABRIEL E THIAGO AMÂNCIO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (27) uma mudança nas regras do Plano SP, que define os níveis de abertura das atividades no estado, restritas desde março em função da pandemia da Covid-19, que, na prática, facilita a retomada.

Doria chamou a mudança de “calibragem técnica” e afirmou que “o objetivo é aprimorar o plano para torná-lo mais eficiente e adequado à realidade que vivemos na pandemia.”

Com as novas regras, para passar à fase verde, menos restrita, será preciso ter até 75% dos leitos ocupados, e não mais 60%, como era antes e motivo de queixas de prefeitos (que reclamavam que isso obrigava as cidades a manterem unidades ociosas).

Para chegar à fase verde, porém, é preciso ter até 40 internações por 100 mil habitantes e 5 mortes a cada 10 mil habitantes, segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico de SP, Patricia Ellen.

Na última atualização, três regiões do estado evoluíram para fases mais brandas, e nenhuma teve as regras endurecidas. Campinas e Araçatuba passaram da fase vermelha para laranja e Araraquara passou da laranja para a amarela.

Morreram vítimas da Covid-19 21,7 mil pessoas no estado. Segundo Doria, o número de óbitos na capital paulista diminuiu 27% na última semana, comparada à semana anterior, o que ajudou a baixar os números do estado em 4%. No interior, porém, houve um aumento de 16% no mesmo período.

O governo exaltou, no entanto, que, pela primeira vez, caíram as internações no interior. Segundo o novo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, o número de mortes está dentro do esperado pelo governo.

Os números foram divulgados no começo da entrevista à imprensa concedida pelas autoridades estaduais nesta segunda, ao contrário da prática das últimas semanas, quando os dados eram anunciados ao final da agenda.

Segundo o coordenador executivo do centro de contingência, João Gabbardo, a pandemia em São Paulo está numa “fase descendente” . Modelo estatístico feito pela Folha, porém, considera que a capital paulista está na fase estável, com número constante de novos casos, mas ainda em volume significativo, e não na fase de desaceleração.

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