Adriel Arvolea
O que seria uma área coberta por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a biodiversidade, proteger o solo e assegurar o bem-estar da população envolvida, transformou-se num depósito de carros abandonados e de resíduos.
Trata-se da Área de Preservação Permanente (APP) do Jardim Guanabara I, localizada na Rua 4, entre Avenidas 9 e 11. No local, carros velhos apodrecem em meio à vegetação. Além disso, montes de terra foram depositados após a realização de obras de infraestrutura nas proximidades, sendo uma ameaça ao Córrego da Servidão. Segundo uma moradora que prefere não se identificar, os sedimentos são levados pelas águas da chuva até o recurso hídrico.
“A APP recebe todo tipo de resíduo. Com o fato de a vegetação ter sido retirada, a terra e o lixo são levados pelas chuvas até o leito do córrego. É uma situação triste que reflete a intervenção desastrosa do homem no meio ambiente”, explica a munícipe.
Conforme conta, residências foram construídas defronte à APP, estando separadas apenas pela rua. “De uma casa até a área de preservação, são menos de dez metros de distância. Com isso, muitos a transformam o espaço público em canteiro de obras, extensão do próprio quintal e depósito de carros. O crescimento urbano desorganizado favorece a situação”, observa.
De acordo com a administração municipal, Rio Claro tem feito vários investimentos na área de resíduos sólidos e mantém permanente campanha de descarte correto de lixo, que envolve várias secretarias. “A fiscalização acontece e a prefeitura solicita a colaboração da população no sentido de denunciar infratores ambientais por intermédio do serviço 156 ou no telefone da Polícia Ambiental, 3524-2339”, reforça em nota.
APP
De acordo com o Código Florestal Brasileiro, uma APP é toda área enquadrada nos artigos 2º e 3º da Lei nº 4.771.