Duas luvas, um pouco de água e muito amor. Com esta receita simples, equipes de saúde proporcionam aos pacientes internados por Covid mais conforto e acolhimento para superar o momento difícil. Em Rio Claro, a técnica conhecida como “mãozinhas do amor” passou a ser utilizada no hospital de campanha do Cervezão, com pacientes intubados.

Para imitar o toque humano, a mão do paciente é envolvida com duas luvas cirúrgicas, amarradas uma à outra e preenchidas com água morna. “Assim, o paciente que está isolado, sem contato com familiares e amigos, recebe a demonstração de que não está sozinho”, observa Daiane Campanela, chefe de enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro. O objetivo é aquecer as mãos do paciente e também levar carinho, para que ele se sinta amparado.

Essa técnica para aquecer as mãos foi criada no Rio de Janeiro pela enfermeira Lidiane Melo, diante da dificuldade para medir a saturação de paciente que estava com as mãos frias. Depois disso, as “mãozinhas do amor” ganharam ainda mais repercussão ao serem utilizadas em São Carlos, pela técnica de enfermagem Semei Araújo Cunha e pela enfermeira Vanessa Formenton.

“A utilização desta técnica tem mostrado resultados positivos na perfusão sanguínea do paciente”, pontua Daiane. Na segunda-feira (26) a unidade do Cervezão atende três pacientes intubados, e nos três é aplicada a técnica das mãozinhas. “Desde que a ideia foi apresentada, a equipe do hospital abraçou a iniciativa e, com amor, se dedica para oferecer um pouco mais de conforto e acolhimento ao paciente também por meio das mãozinhas”, finaliza Daiane.

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