SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O corpo do ator e humorista Paulo Gustavo, 42, foi cremado em cerimônia restrita na tarde desta quinta-feira (6), no Cemitério e Crematório Alto da Colina, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ele morreu na terça-feira (4) após ficar internado por quase dois meses devido complicações da Covid.
Thales Bretas, marido de Paulo Gustavo, foi um dos primeiros a chegar ao velório. A mãe do ator, Déa Lúcia, e sua irmã, Ju Amaral, também já estavam no local. Amigos próximos do ator estiveram no local para se despedir.
A cerimônia de despedida do ator começou às 8h40 com o velório no salão nobre do crematório. Ela terminou às 14h30 com a benção do reitor do Cristo Redentor Padre Omar.
Passaram pelo local, além de Preta Gil e seu marido, as atrizes Ingrid Guimarães, 48, Heloísa Périssé, 54, e Mônica Martelli, 52, a modelo Carol Trentini, 33, o comediante Marcus Majella, 41, a humorista Tatá Werneck, 37, e seu marido, Rafael Vitti, 25, e o Padre Omar. Após a cremação, o viúvo de Paulo Gustavo e a mãe Déa Lúcia se juntaram os amigos famosos e fizeram foto de despedida com uma camiseta feita em homenagem ao ator.
Paulo Gustavo morreu na terça-feira (4), aos 42 anos, após quase dois meses internado em um hospital da zona sul do Rio, devido a complicações da Covid-19. Antes da confirmação de morte, a equipe médica já tinha classificado seu quadro como irreversível.
“Após a constatação da embolia gasosa disseminada ocorrida no último domingo, em decorrência de fístula brônquio-venosa, o estado de saúde do paciente vem deteriorando de forma importante”, afirmava o último boletim médico.
O ator foi internado no dia 13 de março e respondeu bem ao tratamento. Porém, no dia 2 de abril, seu estado piorou e ele passou a respirar com a ajuda de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), uma espécie de pulmão artificial.
Nos dia seguinte, a equipe médica identificou uma fístula broncopleural, espécie de comunicação anormal entre os brônquios e a pleura, que foi corrigida. Paulo Gustavo também teve que receber uma transfusão de sangue, segundo seu marido.
Dias depois foi realizada uma toracoscopia, na qual uma nova fístula broncopleural foi identificada e corrigida. “Todos os profissionais têm se empenhado incessantemente pela sua recuperação”, afirmou boletim médico divulgado no último dia 11. Muitos famosos lamentaram a morte do ator, desde amigos até a cantora americana Beyoncé.
“Aplaudam de pé esse grande homem! Gritem bravo! Façam uma homenagem a Paulo Gustavo em suas casas. Aplaudam de pé esse grande artista”, afirmou Tatá Werneck em suas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro também deu seus votos “pelo passamento do ator e diretor Paulo Gustavo”. “Que Deus o receba com alegria e conforte o coração de seus familiares e amigos, bem como de todos aqueles vitimados nessa luta contra a Covid.”
O escritor Paulo Coelho, 73, prestou uma homenagem ao ator e utilizou frases negacionistas para protestar sobre a pandemia. “Assassinos de Paulo Gustavo: quem dizia ‘é só uma gripezinha’, ‘não passa de 200 mortes’, ‘cloroquina resolve'”, disse.
A lista continuou: “‘gente morre todo dia’, ‘lockdown destrói o país’, ‘máscara nos faz respirar ar viciado’, ‘eu obedeço o comandante’, e por aí vai. Canalhas da pior espécie”, completou o autor que já vendeu 320 milhões de exemplares de seus 30 livros.
Paulo Gustavo foi o criador de diferentes personagens de humor. Dona Hermínia é a mais famosa deles e uma campeã de bilheterias nos cinemas com a trilogia “Minha Mãe É uma Peça”. “Essa personagem mudou minha vida para sempre. Nunca imaginei que o que eu escrevia fosse ter essa repercussão dessas”, chegou a afirmar o ator.
Ela e outros personagens marcantes de Paulo Gustavo, como Maria Enfisema e Senhora dos Absurdos fizeram parte do 220 Volts, programa exibido entre 2011 e 2016 no Multishow, e que ganhou um especial em 2020, com transmissão na Globo.