Carine Corrêa

O drama da família do aposentado João de Campos, de 69 anos, teve início no dia 7 de abril. João era morador do bairro São Miguel, local onde morava com a esposa e com a filha.

O filho, Renato de Souza, explica que por volta das 8 horas daquele dia, o aposentado saiu de casa como de costume, para ir à igreja que frequentava. No entanto, o idoso precisava trocar um cheque no valor de R$ 1.500 e, por isso, mudou um pouco a rotina.

“De acordo com o bilhete de um estacionamento particular, ele deve ter chegado no banco por volta das 8h30, pouco antes do banco abrir”, detalha Renato. A partir daquele momento a família não teve informações de João até o período da noite. Renato ficou procurando o pai durante todo o dia com a irmã, mas só foi saber notícias do aposentado por volta das 20 horas.

“Fui na delegacia e não recordava a placa do carro do meu pai. Os policiais disseram que seria difícil localizá-lo somente com o nome. Então fui para casa da minha mãe pegar alguns documentos. Chegando lá, um homem me informou que ele foi encontrado quase inconsciente na Avenida Visconde do Rio Claro, entre as Ruas 9 e 10”, conta Renato.

Quem encontrou João de Campos, foi a proprietária de um comércio situado naquela região. Renato explica que ela notou o idoso com o carro estacionado próximo ao seu comércio, por volta das 16 horas. “Como ele estava confuso e quase desacordado, ela disse que pensou que ele estava bêbado. Foi quando às 19h30, suspeitou da permanência dele ainda no mesmo lugar, e se aproximou do carro”, ressalta.

A comerciante então tentou chamá-lo, mas seu estado de confusão mental dificultou a comunicação. Ele caiu ao chão e posteriormente foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Depois disso ele foi atendido na UPA 24 horas, foi encaminhado ao PSMI e no dia 1º de maio não resistiu e faleceu”, lamenta.

Enquanto estava consciente neste período de internação, João falou sobre uma mulher. “Nós gravamos tudo o que ele disse e suspeitamos que uma mulher e outra pessoa tenham participado do sequestro”, diz o filho do aposentado.

Renato fez um levantamento do cartão do idoso, que teria sido utilizado pela dupla durante todo o dia. “Peguei a relação de tudo que foi gasto. Eles compraram comida, remédios, roupa, um óculos e, por último, uma passagem na rodoviária. Da farmácia onde compraram os remédios, Renato conseguiu imagens que mostram uma mulher fazendo compras. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

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