Adriel Arvolea
O Rio Corumbataí é a principal fonte de captação de água de Rio Claro, que é feita pela ETA 2 (Estação de Tratamento de Água) e abastece 60% da cidade. No entanto, a poluição causada pelo homem afeta o recurso hídrico.
No acesso ao Campo do Coxo, área rural, os sacos plásticos, garrafas PET, pneus e material de construção civil são uma ameaça ao corpo d’água. Depositados próximos às suas margens, os resíduos ficam numa curva de nível. Em dias de chuva, a sujeira é levada pela água até o rio. Quem faz o alerta é o vereador João Teixeira Júnior.
“A Prefeitura limpa periodicamente a área, mas há os que insistem em depositar lixo no local. Faltam conscientização e respeito para com o meio ambiente. É grande a quantidade de lixo ali descartado incorretamente. Quem sofre é o Corumbataí e a população, pois ameaça e polui o rio que abastece toda a cidade”, reforça o legislador.
A Bacia Hidrográfica do Corumbataí abrange os municípios de Rio Claro, Itirapina, Analândia, Corumbataí, Charqueada, Ipeúna, Santa Gertrudes e Piracicaba. A bacia ocupa área de 170 mil hectares. Abastece diretamente 500 mil pessoas e, indiretamente, outros cinco milhões de habitantes. Seu principal rio é o Corumbataí, que nasce em Analândia, na Serra de Santana, e percorre 130 km, tendo sua foz no bairro Santa Terezinha, em Piracicaba.
Na tentativa de minimizar os impactos ambientais, o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae), desde 2009, resgatou o viveiro que hoje em dia produz 20 mil mudas de árvores ao ano, as quais são plantadas na bacia do Rio Corumbataí.
Já, em maio de 2014, a preservação das áreas no entorno das nascentes do Corumbataí foi tema principal de reunião, na Câmara de Piracicaba, entre os parlamentares que integram o Fórum Permanente em Defesa do Rio Corumbataí. Serão realizadas reuniões a curto prazo em cada uma das cidades participantes, com a participação de equipe técnica, para que relatórios individuais possam dar sustentação ao dossiê que apontará as carências da bacia.
O secretário de Manutenção e Paisagismo, Sérgio Guilherme, destaca a importância da participação da comunidade na conservação do serviço. “Quando a comunidade evita o descarte errado de lixo e entulho, o serviço da Prefeitura dura mais e a cidade fica mais bonita e agradável”, reforça.
O serviço de recolhimento de lixo em lugares impróprios é feito pela Secretaria Municipal de Obras. Consequentemente, gera gastos extras aos cofres públicos para o recolhimento dos materiais. É um serviço que apresenta grande demanda.