Desempregados, os africanos foram acolhidos pelo Cras, que está acompanhando o caso

Ednéia Silva

Desempregados, os africanos foram acolhidos pelo Cras, que está acompanhando o caso
Desempregados, os africanos foram acolhidos pelo Cras, que está acompanhando o caso

A vinda de africanos para o Brasil tem se intensificado nos últimos meses. Eles deixam sua terra em busca de trabalho e melhores condições de vida. Mas nem sempre isso acontece. Em Rio Claro, um grupo de 11 africanos chegou à cidade há cerca de cinco meses, trazidos por uma empresa terceirizada que prestava serviços para uma multinacional, mas hoje estão desempregados.

A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Ação Social, que presta atendimento aos africanos por meio do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) do bairro Mãe Preta. De acordo com a pasta, os africanos são naturais da República do Togo, um pequeno país localizado na África Ocidental.

Desempregados, os africanos foram acolhidos pelo Cras, que está acompanhando o caso e auxiliando em suas necessidades. A assessoria informa que os togoleses foram encaminhados para outras secretarias e órgãos municipais, como a Secretaria da Educação, PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Secretaria da Saúde e para o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) para garantia de direitos.

Em abril do ano passado, um grupo de cerca de 25 haitianos se instalou no município. Parte deles trabalhava em uma indústria de componentes elétricos e eletrônicos e alguns trabalhavam como vigias de estacionamento.

Se esses haitianos conseguiram chegar ao Brasil legalmente com trabalho garantido, essa não é realidade de muitos outros conterrâneos. Sem estrutura, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) não consegue fiscalizar contratações de haitianos e senegaleses que entram no Brasil a partir do Acre. Desamparados após chegar ao país, eles contam com a ajuda de igrejas e ONGs para sobreviver.

Na terça-feira (19), o Ministério da Justiça suspendeu o transporte de imigrantes haitianos do Acre para a cidade de São Paulo, até que um acordo seja fechado entre os governos para o atendimento dessas pessoas. Na capital paulista, eles se abrigam na Paróquia Nossa Senhora da Paz. De acordo com o padre Paolo Parisi, a paróquia abriga hoje cerca de 300 imigrantes e refugiados.

A imigração de haitianos para o Brasil se intensificou a partir de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto. A estimativa é de que, de dezembro de 2010 até dezembro de 2014, já passaram pelo Acre mais de 40 mil pessoas, principalmente haitianos e senegaleses.

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