Favari Filho
Na última segunda-feira (18), ocorreu uma explosão em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que comprometeu apartamentos de um edifício de dezenove andares. A perícia descartou o risco de desabamento do prédio e investiga se a tragédia foi causada por vazamento de gás ou tentativa de suicídio do morador. Outras quatro pessoas ficaram gravemente feridas no acidente.
O caso está repercutindo em todo o país e gerando certa insegurança, principalmente naqueles que residem em prédios e, para saber um pouco mais sobre os cuidados com a manutenção do fornecimento de gás nos condomínios e obter algumas dicas de segurança, o Jornal Cidade conversou com o diretor de Defesa Civil de Rio Claro, Danilo de Almeida Kuroishi, que esclareceu alguns pontos importantes acerca do assunto.
De acordo com Danilo, o sistema de gás de um condomínio é composto por um conjunto de tubulações e equipamentos destinados ao transporte e controle de fluxo de gases. O diretor revela que a responsabilidade pela inspeção é do condomínio e que a fiscalização fica a cargo da prefeitura. “A manutenção deve ser periódica, pois os riscos são grandes”, defende. Contudo, de acordo o diretor, a empresa de distribuição tem responsabilidade pelos registros. “O condomínio é responsável por contratar um técnico para vistoriar, e a empresa que fornece o gás é corresponsável, porém toda a prevenção deve ser realizada pelo síndico.”
O sistema de instalações de gás em um edifício pode ter duas origens: no ponto de fornecimento da companhia concessionária do serviço público de abastecimento de gás (gás de nafta ou gás natural) ou nos reservatórios de GLP (gás liquefeito de petróleo). A partir desses pontos é que partem as ramificações para os apartamentos, porém não sem antes passar por rigorosa inspeção do Corpo de Bombeiros.
De acordo com especialistas do ramo de distribuição, um ponto crítico que costuma dar problemas com o qual é preciso atenção é a mangueira – que possui data de validade exposta em fita amarela – que liga o ponto de gás ao fogão. Nos fogões alimentados por gás GLP o cuidado deve ser ainda maior, pois, comumente, a mangueira encosta na carcaça quente do fogão, derrete e causa vazamento de gás, por isso o recomendado é colocar um flexível de cobre para melhor proteção.
Confira entrevista com Danilo de Almeida, da Defesa Civil, no player abaixo.