Favari Filho
Aos poucos as cadeiras do Plenário da Câmara de vereadores foram sendo ocupadas pela população e o relógio ainda marcava 17h45. O primeiro vereador a entrar foi Paulo Guedes, seguido por Anderson Christofoletti; logo os doze parlamentares ocuparam os seus lugares. O presidente da Casa, João Zaine, abriu a sessão extraordinária para a primeira discussão e votação do Plano Municipal de Educação.
Zaine iniciou a camarária e, logo, a Ordem do Dia foi lida e aprovada por dez votos favoráveis; o vereador Juninho da Padaria até o momento estava ausente. Logo em seguida, aconteceria a leitura das emendas, porém a sessão foi suspensa por dez minutos para que os parlamentares pudessem resolver se leriam somente aquelas de que discordassem, para poupar tempo.
Após o prazo referido, voltaram do recesso apenas Anderson Christofoletti, José Pereira, Sérgio Calixto, Geraldo Voluntário, Júlio Lopes e Juninho da Padaria. A sessão foi suspensa por mais trinta minutos a pedido de Paulo Guedes. Ao reiniciar, agora com a presença dos doze, foram lidas todas as emendas. Juninho da Padaria pediu a palavra e propôs que, antes de serem votadas, que as emendas pudessem ser discutidas com a população; uma vez não atendido, absteve do voto e foi convidado a se retirar, devido à sessão depender de maioria absoluta.
Dalberto enfatizou que o prazo para a discussão do projeto estipulado pela Secretaria de Educação foi muito curto, entretanto a sociedade rio-clarense pode participar e opinar, e lembrou que ainda é possível propor novas emendas até a segunda votação, que acontece na próxima terça-feira (23). Agnelo parabenizou a mesa diretora pela sabedoria na atitude de conversar com os vereadores, para que a votação pudesse ser feita da melhor maneira possível.
Paulo Guedes também cumprimentou os colegas, a mesa e a procuradoria. O vereador destacou que houve duas audiências públicas e que, a despeito do que estava sendo dito, a população estava ciente do que seria votado. “Não é verdade que não sabem o que estamos votando”, afirmou. Raquel Picelli, na mesma linha, esclareceu que nas audiências todos puderam se manifestar e bradou: “A unanimidade na politica não existe, o importante é que estamos tentando chegar a um consenso”.
Zaine também apontou para o fato de que o prazo para a entrega do projeto é curto e, por este motivo, foi necessário marcar as sessões extraordinárias, além do fato de que o atraso pode gerar a morosidade no repasse dos recursos da Educação. “Temos até o dia 24 para estar com o projeto aprovado e publicado”, e tranquilizou: “Muitas alterações podem ser feitas no futuro”.
A votação seguiu tranquila e parece ter agradado a todos os presentes. A emenda modificativa para a Meta 6, de autoria de Julinho Lopes, e a emenda aditiva à Estratégia 11.16, do vereador Anderson Christofoletti, foram reprovadas. Já a emenda que suprime a Estratégia 11.9, de autoria de Anderson Christofoletti e José Pereira foi aprovada.
A Estratégia 11.9, que promove a inclusão dos temas transversais no currículo do município, foi aprovada e comemorada por representantes religiosos que marcaram presença. Por fim, o vereador Anderson agradeceu aos demais vereadores e à bancada do PT pelo apoio e pelos votos para que a supressão fosse possível. “Com a emenda suprimida, as famílias podem educar seus filhos de acordo com a educação moral que acharem melhor”, completou.