Ednéia Silva
Há pouco mais de seis meses, a vida do jovem Glaucio Felipe Davi de Oliveira mudou drasticamente. Internado em dezembro do ano passado com pneumonia, ele viu seu quadro de saúde se agravar com infecção que comprometeu seus pulmões. Internado há 2 meses e meio no Hospital Fornecedores de Cana em Piracicaba, o jovem recebeu alta médica há um mês, mas não pode voltar para casa porque precisa de um respirador mecânico (BIPAP – Bilevel Positive Pressure Airway), que a família não tem condições de comprar.
Vera Lúcia de Oliveira, mãe de Glaucio, acompanha de perto o sofrimento do filho que começou no final de 2014. A pneumonia atingiu os dois pulmões e o quadro se agravou com uma infecção que causou atrofia muscular. Por conta disso, ele ficou três meses internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Rio Claro e depois foi transferido para o HFC de Piracicaba, onde permanece até hoje.
Vera conta que Glaucio teve os pulmões comprometidos e não consegue respirar sozinho, por isso precisa do respirador mecânico (BIPAP). Segundo Vera, o aparelho custa cerca de R$ 16 mil e a família não tem condições de comprá-lo. O pai de Glaucio é deficiente físico e recebe aposentadoria de um salário mínimo do INSS. A mãe parou de trabalhar para cuidar do filho. A renda que possuem é o beneficio do pai e de Glaucio, que está afastado do trabalho.
O aluguel também é inviável. O valor mensal custa mais de R$ 1.100,00, fora os demais equipamentos necessários. A família recorreu ao poder público para ver se consegue o respirador. De acordo com Vera, a documentação foi entregue há dois meses à Fundação Municipal de Saúde, mas até o momento não houve resposta. Para ela, R$ 16 mil é uma grande quantia para a família, mas para a prefeitura não representa muito frente a outros gastos de menor necessidade.
Enquanto Glaucio não sai do hospital, a família se reveza nas visitas para não deixá-lo sozinho. O deslocamento é difícil e gera gastos, mas a mãe espera que ele possa voltar logo para casa. Além do respirador mecânico, Glaucio também usa sonda para alimentação. Ele aguarda vaga para fazer um exame na Unicamp (Universidade de Campinas) que vai indicar se ele pode voltar a se alimentar pela boca.
O caso de Glaucio foi divulgado numa rede social por Denise Novaes Martins, amiga da família, que cobra das autoridades públicas maior agilidade na solução do caso. Questionada sobre o caso, a Fundação Municipal de Saúde respondeu que “está realizando levantamentos sobre as necessidades desse paciente”.
Os telefones para contato com a família são: 9-98281786, 3527-2040 ou 3527-3215.