Guerra e Atrocidade

Por Jaime Leitão

A guerra é a manifestação mais primitiva e cruel do ser humano. Em pleno século 21, uma guerra dessas proporções, como a que está em curso na Ucrânia, põe a nu uma civilização que tem muito mais apreço pelas armas e destruição do que pela vida. Civilização? Que civilização?

A invasão russa em território ucraniano, com dezenas de cidades bombardeadas, e milhares de mortos, inclusive crianças, é um retrato dramático da ação de  poderosos que não admitem ser contrariados e que distorcem os fatos, inventando narrativas para atender os seus caprichos e conquistar mais poder.

Os bombardeios em hospitais e maternidades pelas tropas russas, a mando do autocrata Putin, revelam a barbárie em seu ponto mais alto e devastador.

As palavras perdem a força e o significado diante de tamanha perversidade.

Regredimos pelo menos um século neste 2022, que mal começou e já vem carregado de sangue e  de morte.

Que a insanidade daqueles que querem destruir o planeta não prevaleça sobre o bom senso dos que creem em dias menos trágicos e mortíferos, tendo o direito de acreditar e buscar viver em um futuro menos terrível e menos delirante.

Guerra é um recurso extremo e irracional para dominar e conquistar países e o mundo, sem nenhum escrúpulo e piedade.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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