Lourenço Favari

A professora e escritora Ivanira Bohn Prado morreu aos 94 anos na manhã dessa quinta-feira (16). Ela foi velada no Cemitério Parque das Palmeiras e sepultada no Cemitério Municipal São João Batista. Deixou sobrinhos.

Nascida em São Paulo, adotou Rio Claro como sua terra ainda na década de 1930 e, durante 35 anos, exerceu o magistério (em língua portuguesa), atuando nas escolas Joaquim Ribeiro, Batista Leme e Colégio Puríssimo. Ivanira foi autora dos livros de poesias “Lâmina Breve” e “Inventário”, além do de ensaios “Certos Livros”.

Em 2006, por iniciativa da então vereadora Mônica Hussni Messetti, a Câmara de Rio Claro, por meio do decreto legislativo 291, conferiu o Título de Cidadã Rio-clarense à intelectual por seus serviços prestados à comunidade.

Na época da homenagem, aos 85 anos de idade, a professora disse que realizou plenamente seu ideal de vida. “O Paulo Freire dizia que o magistério dava alegria e esperança, e eu tive isso”, declarou em 2006.

Pelas redes sociais, o professor José Antonio David Chagas declarou: “De tudo o que sei sobre o passamento é que se entregou a Deus em absoluta paz, a mesma que será agora, por toda a eternidade. Fica dela a lembrança da professora genial, dos textos rigorosamente bem escritos, da vida”.

Para o escritor Jaime Leitão, foi uma perda inestimável. “Foi uma escritora de altíssimo nível. Rio Claro perde uma intelectual. Vale lembrar que ela tinha um humor refinadíssimo. Tinha um lado sério, mas também tinha este outro lado”, descreveu para a reportagem.