Matheus Pezzotti
A partir desta sexta-feira (17) até domingo (19), o cavaleiro rio-clarense Henrique Pinheiro mantém sua disputa por medalhas nos Jogos Pan-Americanos em Toronto.
Integrante da equipe principal do Concurso Completo de Equitação (CCE), o rio-clarense de 36 anos estará acompanhado do seu cavalo LandQuenote e também estarão na disputa pelo Brasil, sob o comando do técnico neozelandês Mark Todd, os cavaleiros Ruy Fonseca, de 42 anos, natural de São Paulo, Marcio Carvalho Jorge, de 40 anos, natural de Colina, e Carlos Parro, de 36 anos, também de Colina.
As provas acontecem no Centro Equestre de Caledon e o cross-country no centro da modalidade, a duas horas de Toronto. Nesta sexta-feira será realizada a prova de adestramento, às 10h. No sábado, o cross-country, marcado para o meio-dia e, no domingo, na disputa por medalhas, a prova de salto, às 14 horas.
“Estou há algum tempo muito focado. Ano passado fui campeão Sul-Americano individual e por equipes, passei seis meses na Inglaterra e agora vamos para esta disputa com o objetivo de conquistar uma vaga para as Olimpíadas”, afirma Henrique Pinheiro.
Outro rio-clarense integra a equipe em Toronto, mas entre os reservas. Trata-se de Rafael Losano, de apenas 17 anos, considerado uma das revelações da modalidade.
Em 2011, na disputa dos Jogos Pan-Americanos em Guadalajara, o Brasil conquistou o bronze por equipe com Jesper Martendal, outro cavaleiro rio-clarense, como integrante da seleção brasileira na época, mas por conta de uma lesão em seu cavalo ficou de fora das Olimpíadas de Londres, no ano seguinte.
ENTENDA O CCE
O CCE também é chamado de triátlon equestre. Presente desde os Jogos Olímpicos de 1912, é composto pelas provas de adestramento, cross-country e saltos.
O adestramento é a primeira prova e compreende uma sequência de movimentos obrigatórios, chamados reprise, em uma arena e é julgado por um ou mais juízes que buscam equilíbrio, ritmo, flexibilidade e, sobretudo, a obediência do cavalo e sua harmonia com o cavaleiro. Cada movimento é avaliado com notas de 0 a 10, sendo a pontuação obtida transformada em pontos negativos, para que se possa somar ao resto da competição.
No cross-country, o conjunto (cavalo e cavaleiro) percorre um percurso externo, com obstáculos inspirados no campo, mas sempre com um alto grau de dificuldade e é considerada a prova mais difícil do hipismo. O percurso deve ser realizado abaixo de um tempo concedido ou em um intervalo de tempo determinado para que o conjunto não seja penalizado. Refugos e desvios também acarretam penalizações.
O salto é a terceira e última prova do CCE. O conjunto precisa transpor obstáculos móveis de diferentes alturas, mostrando controle e precisão.
Após os três dias de competição, o vencedor será o conjunto que vencer as diferentes dificuldades e chegar ao final com o menor número de pontos negativos.