Antonio Archangelo

Neste sábado (25) é comemorado o Dia do Motorista e na segunda-feira (27) o Dia do Motociclista. Em vista disso o JORNAL REGIONAL apresenta duas reportagens especiais sobre o tema. Nesta primeira, os números oficiais do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam para um crescimento, médio, de 124,45% na frota regional de veículos, incluindo os municípios de Rio Claro, Cordeirópolis, Santa Gertrudes, Itirapina, Ipeúna, Corumbataí e Analândia. os números são válidos para o intervalo entre 2005 e 2015. A média de crescimento, por exemplo, é maior que a média nacional, que apontou crescimento de 119% em dez anos, no período de 2001/2011.

Ipeúna em primeiro

No ranking de crescimento da frota, que envolve carros, caminhões, motos, entre outros, o município de Ipeúna é líder isolado, com crescimento de 163,10%. Em 2005, a cidade possuía uma frota de 1.358 veículos, de acordo com números do IBGE; passando para 3.573 veículos em maio deste ano conforme dados do Denatran. Figura em segundo lugar no ranking, feito pelo JORNAL REGIONAL, Santa Gertrudes – com crescimento da frota de 146,42%; Itirapina – 138%; Analândia – 113,6%; Cordeirópolis – 110,9%; Corumbataí – 107,41% e Rio Claro – 91,6%

Homicídios culposos no trânsito chegam a 46

Se por um lado o número da frota aumenta, ano após ano, do outro, os municípios se deparam com as marcas deixadas pelo registro excessivo de acidentes de trânsito. Somente no ano passado foram registradas pelas cidades da região (Rio Claro, Corumbataí, Cordeirópolis, Ipeúna, Itirapina, Santa Gertrudes e Analândia) 46 homicídios culposos ocasionados por acidentes de trânsito.

Os números da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Rio Claro é o primeiro do ranking. Foram, em 2014, 25 homicídios culposos por acidentes de trânsito e 1.407 lesões corporais culposos por acidentes de trânsito. Em segundo lugar está Cordeirópolis com oito homicídios culposos e 178 lesões corporais culposos por acidentes de trânsito, seguida por Santa Gertrudes com sete homicídios culposos por acidentes de trânsito e 171 lesões corporais culposas; seguida por Corumbataí com três homicídios culposos por acidentes de trânsito e 25 lesões corporais culposas. O município de Itirapina registrou um homicídio culposo por acidente de trânsito e 49 lesões corporais. Ipeúna, Itirapina e Analândia registraram, cada uma, um homicídio culposo por acidente de trânsito; com 20, 49 e 7 lesões corporais culposas por acidentes de trânsito respectivamente.

Em 2015, até o mês de maio, os dados da SSP apontam para nove homicídios culposos por acidentes de trânsito: oito em Rio Claro e um na cidade de Cordeirópolis. Em relação as lesões corporais culposas já foram registrados, na região, cerca de 706 lesões corporais culposas resultantes de acidentes de trânsito.

Pesquisa feita pelo Ministério dos Transportes apontou que entre o período de 2005-2009, somente nas estradas federais, os veículos de passeio mantiveram uma maior participação média dentre os veículos acidentados da ordem de 51%; Os veículos de carga, que em média, participaram com cerca de 31%; os veículos coletivos ficaram com uma média de 4,1%; já as motocicletas, representou 9,4% em média, nas estradas. Nas cidades, estas dominam as estatísticas.

Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam que a falta de atenção é o principal motivo dos acidentes de trânsito. Em 2014, representaram 32,7% dos acidentes; a segunda causa, de acordo com o relatório, é o fato do motorista “não guardar distância de segurança”. Esta causa representa 11% dos acidentes; 10,3% dos acidentes foram ocasionados por “velocidade incompatível”.

Desobediência a sinalização, ingestão de álcool e defeito mecânico representaram cerca de 4%, em média. A pesquisa do Ministério dos Transporte, aponta ainda que o diagnósticos das lesões sofridas pelas vítimas de acidentes de trânsito foram classificados como: Traumatismos da cabeça e pescoço – 28,2%; Traumatismos múltiplas regiões – 20,8%; Traumatismos dos membros inferiores – 19,3%; Traumatismos dos membros superiores – 18,2%; Traumatismos do tronco – 13,2%; e demais traumatismos – 0,3%.